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Janize Colaço   |   19/12/2016 14:00

Agentes são "salvadores" durante crises, afirma Ponticelli

Para o country manager da Amadeus Brasil, Mario Ponticelli, os profissionais, que se adaptaram de várias maneiras para se adequar aos novos perfis e demandas dos viajantes, são verdadeiros “salvadores”.

Divulgação
Mario Ponticelli, country manager da Amadeus Brasil
Mario Ponticelli, country manager da Amadeus Brasil
O avanço tecnológico, e as facilidades que ele oferece, influenciaram os mais diversos setores. No Turismo, obviamente, as mudanças aconteceram quase que de maneira instantânea, principalmente por conta da internet. No entanto, apesar de muitos viajantes planejarem e executarem suas viagens de maneira independente, os agentes de viagens, que por muitas vezes viram suas carreiras ameaçadas, ainda são essenciais.

Para o country manager da Amadeus Brasil, Mario Ponticelli, os profissionais, que se adaptaram de várias maneiras para se adequar aos novos perfis e demandas dos viajantes, são verdadeiros “salvadores”.

“Um gesto simples, mas que de fato se tornou notável durante a crise do vulcão Calbuco, no Chile, quando inúmeros voos foram cancelados e as companhias aéreas, agências de viagens online e outros sites de reserva foram todos inúteis, e o antigo e maltratado agente de viagens foi o único que ajudou os passageiros a fazerem a reserva”, apontou Ponticelli.

Ainda segundo ele, os agentes são como salvadores durante todos os tipos de crises que podem acometer os viajantes – o que, para ele, demonstra as razões para os profissionais estarem voltando a ganhar as atenções.

Confira abaixo o artigo na íntegra de Ponticelli.

De volta para o futuro...

Foi divertido, na aurora da internet, poder viajar por conta própria, comparando preços em agências de viagens online. Ficamos todos animados em abrir o Tripadvisor e obter opiniões infinitas sobre os lugares que desejamos ir. Porém, o tempo passou, e os dedos do consumidor já estão um pouco desgastados. Há uma certa dor de cabeça para os clientes, que está confuso sobre onde ir e onde ficar. A quem perguntar? Com o que se preocupar? É um mar de informação que causa mais afogamentos do que nados suaves.

Mas já sabemos quem é a balsa de salvamento para um número crescente de viajantes: um clássico e amigável agente de viagens, de carne e osso.
Sim, os agentes de viagens ainda estão por perto, apesar de suas fileiras terem sido significativamente reduzidas desde que os sites de reservas de viagens na Internet começaram a chupar negócios há quase 20 anos. No Brasil, há mais de milhares agentes de viagens trabalhando em tempo integral.

Eles foram capazes de sobreviver durante o ataque do "faz tu mesmo", adaptando-se de várias maneiras. Muitos acabaram treinados para se tornar especialistas em vários produtos de viagem: aventura, grupos, cruzeiros, luxo etc. Eles reduziram suas despesas gerais, deixando as antigas fachadas das ruas principais para escritórios onde realizavam a maioria das transações por telefone. E eles começaram a cobrar uma taxa por seus serviços.

Mantiveram-se atualizados sobre as notícias da indústria, sobre as preferências dos viajantes, saíram pelo mundo e pegaram seus telefones. Um gesto simples, mas que de fato se tornou notável durante a crise do vulcão Calbuco, no Chile, quando inúmeros voos foram cancelados e as companhias aéreas, agências de viagens online e outros sites de reserva foram todos inúteis, e o antigo e maltratado agente de viagens foi o único que ajudou os passageiros a fazerem a reserva.

Durante esse acontecimento, a confiança nos agentes de viagem subiu um ponto ou dois, especialmente com os relatos daqueles que responderam telefonemas às 2 horas da madrugada e encontraram um assento disponível para o seu cliente. Agentes de viagem são como salvadores durante crises de todos os tipos, e essa é a razão pela qual os viajantes começaram a lhes prestar atenção novamente.

Enfim, eu acho que podemos chamá-los de salvadores aqui também. Salvadores de um tsunami de informação.

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