Filip Calixto   |   18/10/2023 10:15
Atualizada em 18/10/2023 10:47

123 Milhas nega transferências para contas pessoais de donos

Empresa alega que CPI fez um relatório baseado em análises parciais de documentos

Divulgação/ 123 Milhas
A 123 Milhas nega que donos tenham transferido dinheiro da empresa para suas contas pessoais
A 123 Milhas nega que donos tenham transferido dinheiro da empresa para suas contas pessoais

A 123 Milhas e os sócios controladores da companhia enviaram hoje (18) um comunicado ao Portal PANROTAS negando as acusações feitas pela CPI das Pirâmides Financeiras, em sua mais recente quebra de sigilo.

As informações rechaçadas dão conta de que os donos da companhia, Ramiro e Augusto Madureira, haviam transferido dinheiro da OTA para suas contas pessoais e de parentes nas semanas anteriores à crise instaurada após suspensão de pacotes flexíveis da linha Promo. Os citados negam que as transações tenham sido realizadas.

Lembrando que, segundo a CPI, no dia 31 de julho, três semanas antes do início da crise da OTA, foram retirados R$ 13,5 milhões do caixa da empresa.

No comunicado, a empresa salienta que a comissão parlamentar confeccionou um relatório que se baseia apenas em uma análise parcial de documentos, não tendo acesso às informações totais dos sigilos bancário e fiscal dos sócios.

O pronunciamento oficial da empresa na íntegra pode ser lido a seguir.

"A 123 Milhas informa que é leviana a afirmação de que sócios e parentes realizaram movimentações financeiras ilícitas ou ocultação de patrimônio. Os balanços e demonstrações fiscais da empresa sempre foram transparentes, legítimos e regulares.

A CPI das Pirâmides Financeiras fez um relatório baseado em uma análise parcial de documentos, porque só teve acesso às informações dos sigilos bancário e fiscal dos sócios e parentes até o dia 23 de agosto, quando ocorreram saídas de recursos relativos a pagamento de débitos contabilizados.

A comissão ignorou o fato - devidamente reportado aos parlamentares - de que, ao decidir pela Recuperação Judicial, os recursos foram devolvidos à 123 Milhas pelos credores entre os dias 24 e 28 de agosto. Só então o pedido de Recuperação Judicial foi protocolado, em 29 de agosto.

Embora não estivessem protegidos pelo sigilo, todos os extratos das movimentações bancárias após o dia 24 de agosto foram enviados espontaneamente à CPI, assim como comprovações de pagamentos de empréstimos realizados antes de 2022. Toda essa farta documentação foi simplesmente ignorada pelos deputados.

Equipe 123 Milhas"

Tópicos relacionados