Henrique Santiago   |   01/02/2016 15:47

Saiba como é "voar" em um simulador de B777; assista

O CAE South America Flight está na rota de profissionais que desejam estar no comando de jatos como Airbus e da Boeing. Localizado a oito quilômetros do aeroporto de Guarulhos, o espaço reúne modelação, simulação e treinamento para aviação.

Se voar é uma experiência única, especialmente quando não se tem experiência, imagine ser “piloto” de primeira viagem. Quem vê de fora a tranquilidade de um voo dificilmente sabe o que o comandante e o copiloto passam até chegar ao nível de excelência operacional. O Portal PANROTAS embarcou nesta jornada traz essa experiência com exclusividade.

O CAE South America Flight está na rota de profissionais que desejam estar no comando de jatos como Airbus e da Boeing. Localizado a oito quilômetros do aeroporto de Guarulhos, o espaço reúne modelação, simulação e treinamento para aviação. A Tam é uma das clientes e, ainda por cima, foi responsável pela primeira operação “a bordo” de Fokker 100 e A320.

De acordo com o diretor regional para Américas, Alessandro Pinho, o funcionário número dois da empresa, o treinamento é uma extensão do que a equipe de cabine irá fazer à frente de uma aeronave. “Por trás de uma companhia aérea existe o conhecimento de que este é um pilar para a segurança operacional”, resumiu.

Para que o simulador saia do papel, a empresa, antes de tudo, solicita ao fabricante uma série de informações da cabine (data package) para a reprodução do cockpit com total fidelidade. Todos os detalhes, desde o menor botão do painel ao manche ou sidestick (no caso da Airbus) têm de estar de acordo para que comandante e copiloto tenham essas especificidades claras ao iniciar um voo.

Os investimentos são altos. O A320, por exemplo, custa uma bagatela de US$ 12 milhões, garantiu Pinho. O processo de instalação, testes do equipamento e aprovação da Anac leva cerca de dois meses. Após concluído, um simulador pode comportar até seis mil horas de treinamento para depois ser renovado.

Piloto da Tam há 30 anos, o comandante Vasconcelos perdeu a conta das vezes que entrou no “contêiner” gigante. A experiência de três décadas não impede que ele se reúna na sala de briefing com frequência para discutir o que acontecerá momentos antes do voo, entrar no simulador e depois se reunir com o copiloto e pontuar os erros e acertos na chamada sala de debriefing.

São 13 treinamentos diários com sessões de quatro horas. Para Vasconcelos e copiloto Fabiano Nascimento, os procedimentos de simulação, gerenciamento do voo, comunicação e, claro, os cumprimentos após o pouso seguro são feitos com a mesma seriedade do dia a dia. “Se eu não fosse piloto, não sei o que faria”, resumiu ele.

Além de Guarulhos, a CAE está presente com uma segunda unidade em São Paulo, localizada próxima ao aeroporto de Congonhas. O espaço receberá o simulador do A350-900 da Tam, com previsão de início do treinamento da equipe a partir de 1º de junho.

Confira abaixo o vídeo com detalhes do treinamento.

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