Beatrice Teizen   |   21/06/2018 17:10

Aéreas dos EUA pedem para não transportar crianças imigrantes

As aéreas não sabiam se o governo estava transportando ou não os pequenos imigrantes

O American Airlines Group e a United Continental Holdings pediram ao governo americano para não transportarem em suas aeronaves crianças imigrantes separadas de suas famílias, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abandonar sua política de “tolerância zero” nas fronteiras. As informações são da Bloomberg.

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Ambas as companhias aéreas encontraram um mistério central na crise política e de direitos humanos: autoridades federais não estavam dizendo como as crianças estavam sendo transportadas de perto da fronteira dos Estados Unidos com o México para uma rede de instalações de 17 Estados.
Flickr/ Gage Skidmore
Donald Trump, presidente dos EUA
Donald Trump, presidente dos EUA

“Com base em nossas preocupações sobre essa política e em como ela está em conflito com os valores da nossa empresa, contatamos autoridades federais para informá-las de que elas não devem transportar crianças em aviões da United separadas de seus pais”, informa o CEO da aérea, Oscar Munoz, em um comunicado via e-mail.

A Southwest Ailines emitiu uma declaração semelhante à da United e a Frontier Airlines e Spirit Airlines informaram que não levariam conscientemente as crianças para longe de suas famílias. Para a Delta, a ação separatista de Trump foi “desalentadora”.

As companhias aéreas disseram também que não sabiam se o governo estava transportando ou não os pequenos imigrantes em seus voos. A maioria das grandes aéreas tem contratos para levar funcionários federais, mas isso não significa que elas saibam quem exatamente está voando.

ASSOCIAÇÃO DE COMISSÁRIOS DE BORDO
A Association of Flight Attendants (CFA) questionou as companhias aéreas sobre como seus membros serão notificados caso haja crianças separadas em voos para obter orientação sobre como agir em tais situações.

O sindicato, o maior do país, disse que “condena qualquer ação para separar propositalmente os filhos de seus pais".


*Fonte: Bloomberg

conteúdo original: https://bloom.bg/2ypWhq8

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