Danilo Teixeira Alves   |   23/04/2019 10:45

Azul é a aérea que mais se beneficia com crise da Avianca

Demanda da Avianca Brasil cai 7,5% no mês de março, segundo dados divulgados pela Anac. Em contrapartida, a demanda da Azul aumentou 20%.

A Avianca Brasil e a Latam apresentaram, no mês passado, redução em suas demandas (em passageiros-quilômetros pagos transportados, RPK) de 7,5% e 0,7%, respectivamente, segundo dados divulgados hoje pela Anac. Em contrapartida, a demanda da Azul cresceu 20,1% e a da Gol 3,2%. É importante ressaltar que aqui estão compilados os dados referentes ao mês de março, quando a Avianca Brasil ainda operava todos os seus voos, inclusive as ligações internacionais.

Wikicommons/Rafael Luiz Canossa

De acordo com a agência, no primeiro trimestre do ano, a demanda doméstica (RPK) acumulou alta de 4,3% em relação ao mesmo período de 2018. A oferta (em assentos-quilômetros ofertados, ASK), na mesma comparação, registrou elevação de 3,4%. O número de passageiros pagos transportados foi de 24 milhões nos três primeiros meses do ano, um aumento de pouco mais de 1 milhão de passageiros em comparação com o mesmo período do ano passado.

A ocupação das aeronaves em março de 2019 foi de 81%, alta de 1,1% frente ao mesmo mês do ano anterior. Já no acumulado do ano, a taxa cresceu 0,9% em relação ao ano anterior, ficando em 82,6%.

O único índice com variação negativa foi o transporte de carga, que apresentou uma redução de 9% em março de 2019 frente a março de 2018. Entretanto, no acumulado do ano, o índice se mantém positivo com crescimento de 1,8%.

NO INTERNACIONAL

A Latam encerrou o mês de março de 2019 com 70,9% de participação no mercado internacional, com alta de 15,3% no RPK. Já a Azul obteve 13,6% de participação e crescimento de 2,7% no RPK em comparação a março de 2018, enquanto a Gol alcançou a fatia de 12,5% (aumento de 20,7% no RPK). A Avianca alcançou 3,0% da demanda internacional de passageiros, redução de 42,6% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. A aérea, que está em recuperação judicial desde dezembro, parou de voar para o Exterior no dia 31 de março.

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