Da Redação   |   03/05/2019 19:20

Esclarecimento importante

Gol e o anúncio do voo a Lima com o B737 Max 8


Emerson Souza
Nesta semana, a Gol anunciou que voará a Lima, capital do Peru. O voo terá início em dezembro, e a aeronave utilizada pela sua execução é o Boeing 737 Max 8. Notícias de fontes mal informadas circularam na internet e levantaram a incompreensão sobre a utilização do modelo que esteve envolvido em acidentes da Lion Air, em novembro de 2018, e da Ethiopian Airlines, em março. Afinal, como a Gol estaria anunciando voos com uma aeronave que ainda não foi liberada pelos órgãos regulatórios e pelas autoridades responsáveis?

Ora, a Gol está plenamente ciente da situação de seus B737 Max 8, hoje parados em solo até que a Boeing, fabricante exclusiva e parceira estreita da companhia brasileira, dê o sinal verde para a utilização do modelo. O CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, declarou publicamente, em 4 de abril, que o B737 Max 8 estará apto para voltar aos céus a partir "das próximas semanas". Companhias como a American Airlines e a Southwest trabalham com o prazo mínimo de agosto.

"Desde o dia do primeiro acidente, colocamos nossos melhores engenheiros e especialistas em tecnologia nesta situação, que estão trabalhando incansavelmente em colaboração com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e com nossos clientes para finalizar e atualizar o software que vai assegurar que acidentes como os ocorridos nunca mais aconteçam", esclareceu Muilenburg, não sem antes lamentar profundamente as tragédias. "Estamos executando uma aproximação abrangente e disciplinada para atualizar o software da melhor maneira e sanar todas as dúvidas dos clientes e passageiros. Estamos muito perto disso, e nas próximas semanas vamos certificar a utilização do B737 Max 8 a todos."

O CEO ainda diz que está plenamente confiante na segurança do modelo.

Vale lembrar que a Gol foi uma das primeiras companhias no mundo a barrar as aeronaves após o segundo acidente. É importante ressaltar também, que a companhia tem diálogo próximo com a Anac, e que a Associação Nacional de Aviação Civil foi convocada pela FAA e participa do processo de certificação do modelo.

Portanto, a Gol, líder em passageiros transportados no mercado doméstico em 2018, está fazendo o que uma companhia em sua posição faz, um planejamento antecipado comum a qualquer aérea global. O voo é consequência deste planejamento e está sendo anunciado com mais de sete meses de antecedência. Assim, há tempo suficiente para que se respeite os padrões de segurança exigidos pelas autoridades e para que as vendas para essa rota já se iniciem com ocupação satisfatória.

A companhia reafirma que está acompanhando a situação dessa que é a aeronave mais moderna de sua frota, e uma grande referência em todo o mundo da aviação, consciente e cumpridora dos mais rigorosos padrões de segurança de seus passageiros.

Afinal, se a Boeing, acompanhada pela Anac, prevê o pleno funcionamento de suas aeronaves para "as próximas semanas", dezembro é uma margem mais do que confortável para que a Gol inicie um serviço tão importante com o máximo de segurança.

Na frota da Gol desde junho do ano passado, o 737 Max 8 já realizou 2.933 voos, totalizando mais de 12.700 horas, com total segurança e eficiência. Atualmente a frota da companhia é composta por 121 aeronaves Boeing, das quais sete modelos 737 Max 8.

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