Rodrigo Vieira   |   15/06/2021 14:00
Atualizada em 15/06/2021 14:01

Azul crê que assistirá de longe à concorrência entre ITA, Latam e Gol

Diretor de Relações Institucionais da Azul não acredita em concorrência direta com a estreante


PANROTAS / Emerson Souza
Marcelo Bento Ribeiro, diretor de Relações Institucionais da Azul
Marcelo Bento Ribeiro, diretor de Relações Institucionais da Azul

A Azul Linhas Aéreas assistirá de longe à concorrência entre a estreante ITA com Latam e Gol quando a nova empresa iniciar sua atuação. Essa é a visão da companhia de hub em Campinas (SP) a respeito da aérea do Grupo Itapemirim, cujo voo de estreia está marcado para 29 de junho de 2021, entre Guarulhos e Brasília.

Isso porque, segundo o diretor de Relações Institucionais da Azul, Marcelo Bento Ribeiro, a ITA tem estratégia similar à das competidoras em questão, enquanto a Azul continua voando paralelamente em busca de um viajante corporativo que está fora do eixo Faria Lima-Leblon. As viagens corporativas da Azul estão massivamente relacionadas ao agronegócio, à indústria, ao setor de energia e outros segmentos espalhados por cidades do interior do País, enquanto às de ITA, Latam e Gol vão se sobrepor nos grandes centros urbanos alcançados por jatos de médio e grande portes.

"A ITA é uma concorrente principalmente para Latam e Gol, porque a operação deles é centrada em Guarulhos e Galeão e haverá ali um overlap de rotas. A Azul assistirá a essa situação de longe, pois não competiremos diretamente", afirma Marcelo Bento, que ressalta as dificuldades de atuação na aviação nacional.

"A história recente mostra que pode haver espaço para atuação da ITA, mas é um mercado muito difícil, muito competitivo. Falo especificamente da Avianca Brasil, que estava estabelecida e por pequenos deslizes as coisas ficaram difíceis de administrar e não tornaram possível a continuidade da empresa. A taxa de mortalidade é alta, pois os riscos são muito altos. A parte mais difícil é acesso a capital, pois investir aeronave, investir com oito anos de antecedência em um país tão imprevisível como o nosso é complicado. O custo Brasil é alto, o mercado é dolarizado. Se não tiver caixa e não estiver preparado para aguentar o tranco, você vai embora."

Bento Ribeiro falou sobre esses e outros assuntos à Revista PANROTAS desta semana e você acompanha a entrevista completa a seguir:





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