Victor Fernandes   |   28/06/2023 10:11
Atualizada em 28/06/2023 10:16

Azul tem êxito na renegociação de dívida para 2029 e 2030

Com o aceite de 86% dos detentores, empresa avança em plano de captação de novos recursos


Flickr/ Rafael Luiz Canossa
Oferta faz parte do plano de estruturação financeira da companhia aérea
Oferta faz parte do plano de estruturação financeira da companhia aérea

A Azul anunciou que 86% dos detentores dos títulos manifestaram o aceite para troca (exchange offer) de seus títulos com vencimento em 2024 e 2026 (senior notes), para títulos de longo prazo com vencimento em 2029 e 2030, respectivamente. Isso significa que a aérea teve êxito em sua renegociação de dívida para daqui a seis e sete anos.

De acordo com a estrutura da exchange offer, hoje, 28 de junho, era a data prevista para que os detentores oficializassem sua posição diante da oferta pelo chamado Early Participation Deadline.

“Essa aceitação agregada é uma manifestação positiva que mostra que a oferta foi muito bem-sucedida. Esse é mais um marco importante no plano de reestruturação da empresa, que atinge seu objetivo e a deixa em uma posição financeira cada vez mais sólida”.

Alex Malfitani, CFO da Azul

Além da oferta, o plano de estruturação financeira, anunciado pela empresa em março, teve como primeira etapa o acordo com empresas de arrendamento e fabricantes de aeronaves, o que também trouxe uma melhora significativa na geração de caixa da empresa.

De acordo com a exchange offer feita em 12 de junho deste ano, os novos títulos contarão com um novo cupom, mais vantajoso do que taxas encontradas atualmente em transações financeiras de empresas de perfil similar, e um pacote de garantia compartilhada de natureza secundária, que permitirá que a Azul utilize este mesmo pacote para celebrar novos acordos de natureza financeira no futuro.

“Durante o desafiador período dos últimos anos, a Azul foi uma das únicas companhias aéreas do mundo que não recebeu aporte governamental nem buscou o caminho da recuperação judicial para sanar suas dívidas em detrimento de seus parceiros comerciais e investidores. O caminho que escolhemos foi de negociar amigavelmente acordos com todos os nossos stakeholders, garantindo o sucesso da nossa empresa e gerando resultados benéficos para todos. Assim continuaremos sendo uma das empresas mais rentáveis e das que mais crescem na aviação mundial”, completou Malfitani.

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