Movida

Artur Luiz Andrade   |   26/02/2008 20:42

Anac libera tarifas aéreas para Am. do Sul

Anac libera tarifas aereas para Am. do Sul A Diretoria Colegiada da Agencia Nacional de Aviacao Civil (Anac) aprovou ontem, em reuniao ordin

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou ontem, em reunião ordinária, a liberação gradual das tarifas dos vôos que saem do Brasil com destino aos 12 países da América do Sul: Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. A medida será publicada no Diário Oficial da União ainda esta semana e entrará em vigor a partir do dia 1º de março de 2008. A liberação total, ou seja, descontos de até 100% se a empresa aérea quiser, se dará em setembro. A liberação será gradual até lá. Para o governo, o Brasil cobra tarifas mais caras que as congêneres de outros países.

Atualmente, as tarifas de vôos para a América do Sul têm seus descontos limitados a um máximo de 30% do valor de referência da Iata. As tarifas dos vôos domésticos já estão totalmente liberadas desde 2005, através da Lei nº 11.182, que criou a Anac, daí a existência das famosas promoções de passagens a R$ 1.

A primeira etapa do processo de liberação total das tarifas entra em vigor no próximo sábado, 1º de março, quando o limite de descontos autorizado passa de 30% para 50%. Três meses depois, em 1º de junho, os descontos poderão ser de até 80%. E em 1º de setembro passará a vigorar a liberdade tarifária nos vôos para a América do Sul: as companhias poderão cobrar qualquer preço pela passagem, sem limites.

A medida vale para todos os vôos que partem do Brasil, tanto de companhias nacionais quanto de internacionais, entre elas Tam, Gol, Varig, Aerolineas Argentinas, Lan, Pluna, American Airlines, British Airways, Lufthansa, Taca-Peru, Avianca e Lloyd Aéreo Boliviano. Segundo a Anac, a medida "segue uma tendência mundial de liberação total das tarifas aéreas, que resulta em estímulo ao aumento da concorrência e à redução do preço das passagens para o consumidor final".

O trade, extra-oficialmente, mostra-se preocupado com a medida, que poderá fazer com que as viagens domésticas, especialmente para o Nordeste, fiquem bem mais caras que as para os países sul-americanos. Isso já ocorre hoje em pacotes de alta temporada. Mas com as passagens em vôos regulares menores, o apelo da viagem internacional para a América do Sul pode falar mais alto que as praias do litoral brasileiro, que contam com passagens aéreas mais altas, devido à concorrência menor (no caso da América do Sul, o passageiro pode escolher as nacionais e também as aéreas estrangeiras) e à alta demanda por viagens de negócios.

 AVALIE A IMPORTÂNCIA DESTA NOTÍCIA

Mais notícias