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Felipe Niemeyer   |   26/05/2008 12:14

Allemander: "Diretores não entendem nada de aviação"

Allemander: "Diretores nao entendem nada de aviacao" A Organizacao Internacional de Aviacao Civil (Oaci, na sigla em ingles) se pr

PANROTAS / Emerson Souza
Allemander Pereira Filho, ex-diretor da Anac, João Flávio Pedrosa, conselheiro da CNC, Trigueiros Jr., presidente do Conselho de Turismo da CNC, o juiz Luiz Roberto Ayoub, Eduardo Farah e Roseli Pimentel, ambos representando a Abav-RJ
Allemander Pereira Filho, ex-diretor da Anac, João Flávio Pedrosa, conselheiro da CNC, Trigueiros Jr., presidente do Conselho de Turismo da CNC, o juiz Luiz Roberto Ayoub, Eduardo Farah e Roseli Pimentel, ambos representando a Abav-RJ
A Organização Internacional de Aviação Civil (Oaci, na sigla em inglês) se prepara para uma nova auditoria do sistema de aviação civil do País. A avaliação será feita um maio de 2009, nove anos após a última, em 2000. O resultado da auditoria pode servir de base para medidas das autoridades norte-americanas e européias. Atualmente, o Brasil é classificado na categoria número 1, que é a melhor classificação da aviação civil internacional.

Segundo o brigadeiro Allemander Pereira Filho, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a base de avaliação da Oaci era a Varig, que operava as linhas internacionais na época. “Hoje essa realidade mudou e quem opera a maioria das rotas internacionais é a Tam”, disse Allemander. A empresa deverá ser a base da avaliação da organização. Sem entrar em detalhes por ainda estar vinculado à Anac, Allemander avalia que o Brasil corre o risco de ser rebaixado na classificação internacional para a categoria 2, o que automaticamente congelaria novas freqüências para o Exterior. “E se formos para a categoria 3, não podemos sobrevoar esses territórios e os países passam a desaconselhar nossas empresas aos passageiros”, alertou. “Mas o problema não é a companhia aérea e nem seus serviços prestados (no caso da Tam)”, disse.

Por dedução lógica, os problemas poderiam ser relacionados à segurança do espaço aéreo, infra-estrutura aeroportuária e à regulamentação do setor. Pereira fez uma avaliação da Anac – da qual se desligou por não concordar com as posições da diretoria – e disse que a agência conta com quatro diretores “com excelente formação acadêmica, mas que não entendem nada de aviação”.

Allemander Pereira Filho participa de uma palestra realizada pelo movimento Asas da Paz, ligado à Confederação Nacional do Comércio (CNC), no Rio de Janeiro. Também participa como palestrante, o juíz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, que falou sobre a nova Lei de Recuperação Empresarial, recurso utilizado pela primeira vez pela Varig. “A recuperação da Varig e sua manutenção, da forma como se dá, já pode ser considerada positiva. Visto que, com o seu quase desaparecimento, houve impactos no turismo e na economia do País”, disse Ayoub.
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