Renê Castro   |   17/03/2009 12:51

Anac defende a quebra do monopólio das cias aéreas

Anac defende a quebra do monopolio das cias aereas O segundo painel do Forum PANROTAS – Tendencias do Turismo teve um bate-papo entre o jorn

PANROTAS / Emerson Souza
A presidente da Anac, Solange Vieira, responde à pergunta do jornalista William Waack
A presidente da Anac, Solange Vieira, responde à pergunta do jornalista William Waack
O segundo painel do Fórum PANROTAS – Tendências do Turismo teve um bate-papo entre o jornalista William Waack e a presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Solange Vieira. Waack fez questão de abordar os principais pontos de discussão entre a agência, as companhias aéreas e o trade, e logo citou o monopólio do mercado, atualmente com a Tam e a Gol, e o que a agência regulatória pretende fazer com essa atuação. Solange, por sua vez, não hesitou em afirmar que pretende acabar com o monopólio das companhias aéreas. Para a dirigente, “o mercado é capaz de criar mais aéreas nacionais fortes”. E foi além: “nunca vi no mundo um monopólio como existe no Brasil”, criticou ela.

A liberação tarifária proposta pela Anac foi também discutida pelo jornalista, já que as companhias se declararam contra a decisão, por temer uma guerra de preços desigual com as aéreas estrangeiras. Solange respondeu destacando que recebeu uma carta do Sindicato Nacional Empresas Aéreas (Snea) argumentando que a carga tributária brasileira, principalmente referente ao preço do combustível, dificulta esse tipo de iniciativa da agência, acreditando que as companhias estrangeiras teriam mais capital para disputar o mercado. “Não acho procedente este argumento porque a companhia brasileira que voa para fora, abastece em solo americano, por exemplo, o mesmo acontece com quem vem de fora, que é obrigado a abastecer no Brasil. O valor do combustível acaba ficando igual para todos”, justificou ela.

Antes do encerramento da entrevista, William Waack tocou no assunto sobre a abertura de capital estrangeiro, hoje fixado em 20%. Para a dirigente, essa medida é vista com bons olhos, justamente por ajudar a desenvolver as companhias menores. “O Brasil tem, e sempre terá, fortes companhias nacionais, ao contrário de outros países. Não vejo problema para essa questão, pelo contrário, é uma das soluções para o setor”, finalizou ela.
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