Movida

Claudio Schapochnik   |   25/05/2010 10:20

Acordo ampliará tráfego entre Brasil e União Europeia

Um acordo assinado agora há pouco, no hotel Sheraton, no Rio de Janeiro, vai modificar profundamente as relações, no âmbito da aviação civil, entre o Brasil e a União Europeia (EU)

PANROTAS / Emerson Souza
Na home, o ministro Nelson Jobim (Defesa), assina o acordo; acima, ele com o vice-presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), Siim Kallas, e o ministro dos Transportes da Espanha – país que ocupa atualmente a presidência da UE, José Blanco
Na home, o ministro Nelson Jobim (Defesa), assina o acordo; acima, ele com o vice-presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), Siim Kallas, e o ministro dos Transportes da Espanha – país que ocupa atualmente a presidência da UE, José Blanco
Um acordo assinado agora há pouco, no hotel Sheraton, no Rio de Janeiro, vai modificar profundamente as relações, no âmbito da aviação civil, entre o Brasil e a União Europeia (UE). A assinatura ocorreu durante a Cúpula União Europeia – América Latina da Aviação Civil, que prossegue até amanhã (quarta, dia 26).

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, o vice-presidente da Comissão Europeia (órgão executivo da UE), Siim Kallas, e o ministro dos Transportes da Espanha – país que ocupa atualmente a presidência da UE –, José Blanco, firmaram o acordo, que terá validade a partir de 14 de julho.

Pelo lado brasileiro, o documento permitirá às aéreas brasileiras utilizarem o espaço aéreo da EU como um todo, não mais por país. Dessa forma, as empresas poderão criar e comercializar rotas até então inexistentes. Por exemplo, uma companhia poderá fazer um voo de São Paulo (GRU) para Paris (França) e de lá seguir para Frankfurt (Alemanha), podendo vender o trecho “doméstico” europeu. “Isso equivale à abertura do mercado da União Europeia para o Brasil”, resumiu o ministro Jobim, na coletiva de imprensa logo após a assinatura do documento.

“O mesmo vale para as empresas da União Europeia”, explicou Jobim. Pelo acordo, as empresas passam a ser vistas não por país, mas como originárias da UE. Assim, uma companhia alemã poderá solicitar rotas para o Brasil partindo da França, da Espanha ou de Portugal, por exemplo.

CRESCIMENTO DO MERCADO
Quando entrar em vigor no Brasil e na UE, o acordo deve ampliar o mercado aéreo entre o País da América do Sul e os associados ao bloco europeu.

“O Brasil detém 36% do tráfego aéreo entre as duas regiões – o maior da América Latina –, com 4,4 milhões de passageiros transportados nos dois sentidos”, disse o ministro Jobim. “Há 198 voos semanais entre o Brasil e sete países europeus da EU; são números ínfimos, temos de ampliá-los”, destacou. “Temos de aprofundar ainda mais os canais de negócios e o trânsito de turistas”, finalizou ele

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