Victor Fernandes   |   20/03/2024 11:15
Atualizada em 20/03/2024 11:27

Blue Note chega ao Rio com parcerias do Fairmont e Visit Rio

Fairmont Copacabana oferecerá desconto de 25% em tíquetes e reservas para shows garantidas no bar de jazz


Divulgação/Gustavo Bresciani
Blue Note Rio tem localização prvilegiada no calçadão de Copacabana
Blue Note Rio tem localização prvilegiada no calçadão de Copacabana

Inaugurado em outubro de 2023, o Blue Note Rio, filial da renomada casa de jazz nova-iorquina, acumula duas novas parcerias neste começo de ano. A primeira é com o Fairmont Rio Copacabana, cujos hóspedes passam a contar com benefícios exclusivos, como convites para o clube de jazz, desconto de 25% em ingressos e reservas para shows garantidas. O hotel, que será o responsável por hospedar artistas que farão show no Blue Note Rio, também estende a parceria a eventos e ações corporativas.

A segunda parceria é com o Visit Rio Convention Bureau, que anunciou a chegada do clube de jazz ao grupo dos mantenedores de eventos e entretenimento da entidade. "A presença do Blue Note entre nossos parceiros contribui para fomentar ainda mais nosso trabalho de promoção do destino ao redor do mundo como um polo cultural, explorando sua rica diversidade cultural e musical", ressaltou o presidente-executivo do Visit Rio, Carlos Werneck.

O Blue Note é uma das principais marcas de música do mundo, com matriz em Nova York e filiais em destinos como Havaí, Califórnia, Japão, Itália e China (Pequim e Xangai). A franquia chegou ao Brasil por meio do empresário Luiz Calainho, primeiro em São Paulo, e agora abriu suas portas na Avenida Atlântica, em Copacabana, em um espaço de aproximadamente 700 metros quadrados.

Clube de jazz, mas também de todos os ritmos, o Blue Note conta com uma programação plural que abriga o rock, a MPB, a bossa nova e o samba. A direção musical é do empresário e sócio Daniel Stain, curador com vasta experiência na indústria da música. Além disso, a casa é conhecida não apenas pelas atrações musicais, mas também pela boa gastronomia e coquetelaria, com opções que variam de petiscos e happy hour, durante a semana, à roda de samba com feijoada, aos sábados.

Confira abaixo entrevista do Portal PANROTAS com Luiz Calainho, empresário que trouxe a marca Blue Note ao Brasil.

PORTAL PANROTAS - Gostaria que me explicasse o que é o Blue Note. Qual é o conceito do clube de jazz? Quais são os diferenciais? O que vocês trouxeram de Nova York e o que é próprio do Rio de Janeiro?

LUIZ CALAINHO - O Blue Note é pensado no final dos anos 1970 pela família Bensusan na esteira dos fins das discotecas em Manhattan. Com a queda da frequência da disco music, em 1981 é criado esse lugar com atmosfera intimista, excelente gastronomia, proximidade entre público e artista, criando uma experiência de jazz, blues e R&B. Essa é a alma do Blue Note: curadoria musical excelente e comida boa em um lugar pequeno e intimista. Limite da franquia é de 370 lugares.

Em 1990, assumi a direção da Sony Music, e como alucinado por música, batia ponto no Blue Note New York. É um must go place. Se você gosta de música e está em Manhattan, precisa bater ponto no Blue Note. Durante toda a década de 1990, alimentei o sonho de trazer a marca ao Brasil. E depois de viajar o mundo pela Sony, posso afirmar que não há um país tão musical quanto o Brasil. A diversidade de gêneros no Brasil é imbatível.

Aquela casa, com aquela vibe, sempre quis por aqui. Aí em 2015, fui em busca da franquia do Blue Note no Brasil. Em 2019, inauguramos a unidade de São Paulo, e então veio a pandemia, que atrapalhou nossos planos. Após reabrir a unidade de São Paulo, encontramos o lugar perfeito no Rio de Janeiro, onde era a Casa Copa Bacana. E por que a Avenida Atlântica? Ícone do Brasil, do Rio de Janeiro e do mundo, a avenida é berço da Bossa Nova, que nasce no apartamento do pai da Nara Leão no final da década de 1950. Copacabana é o berço da Bossa Nova, e também é o bairro com maior volume de hotéis e turistas internacionais.

PANROTAS / Filip Calixto
Luiz Calainho, empresário que trouxe o Blue Note ao Brasil, no Lacte 19 realizado este ano
Luiz Calainho, empresário que trouxe o Blue Note ao Brasil, no Lacte 19 realizado este ano

PANROTAS - Como tem sido o desempenho e aceitação do Blue Note Rio? A casa vive cheia?

CALAINHO - Mal inauguramos e o Blue Note Rio já é um fenômeno. Temos cinco meses de casa e já registramos vários shows esgotados. 25% do público do Blue Note Rio é turístico. Nos sábados, estamos estabelecendo feijoada com roda de samba. Estamos nos estabelecendo como casa de eventos corporativos e lugar de celebrações de aniversários. E, sobretudo, os artistas, desde Danilo Caymmi, João Bosco, Toquinho e Macy Gray. E os artistas amam.

Blue Note Rio são três lugares: calçadão, em que não paga para acessar e tem nossa feijoada aos sábados; piano bar, único do Rio de Janeiro, que também não precisa de tíquete; e aí no segundo piso, temos nosso ambiente para shows com 210 lugares. Fechamos a varanda com vidros acústicos, então de todos os lugares da casa, tem uma vista deslumbrante do mar e do palco também.

"Blue Note Rio não é só uma experiência única, mas espiritual. Experiência que precisa ser vivida. Mesmo só com cinco meses, estamos nos caracterizando como um lugar indispensável do Rio de Janeiro."

Luiz Calainho, sócio do Blue Note Rio

PANROTAS - Como as parcerias com Fairmont e Visit Rio contribuirão para o Blue Note Rio?

CALAINHO - Nós desejávamos nos conectar com um hotel de primeiríssima qualidade. E o Fairmont transcendeu a característica clássica de um hotel, Fairmont virou um organismo vivo com festas, celebrações e eventos. Fairmont tem essa característica, então optamos em nos conectar com o hotel. Temos uma série de benefícios para os hóspedes, e o Fairmont é o hotel oficial do Blue Note, os artistas ficam hospedados lá.

E o Visit Rio vem da mesma maneira, entra na questão do lugar must go. Independentemente do show do dia, sempre terá a experiência de uma artista excepcional, além de gastronomia e coquetelaria. Visit Rio é fundamental para a jornada turística da cidade e para quem deseja saber o que é indispensável no Rio de Janeiro. Caso do Blue Note.

PANROTAS - Blue Note é uma marca de jazz, mas vocês também abraçam outros ritmos, não é? Como é feita a curadoria da casa?

CALAINHO - A curadoria é feita por mim e Daniel Stein, diretor artistíco dos Blue Notes do Brasil. Tem uma palavra que define nossa curadoria: excelência. Não obtemos nenhum entrave de Nova York, até porque eles entendem a diversidade da nossa música. Então, a curadoria é abrangente. Desde que tenhamos excelência, a curadoria acontece. O que é muito legal é que, com essa curadoria, temos vários públicos. Então, nos conectamos com todas pessoas que desejam música e gastronomia de excelência.

PANROTAS - Na questão gastronômica e de coquetelaria, vocês seguem um padrão de outras unidades ou vocês desenvolveram o próprio cardápio?

CALAINHO - Desenvolvemos um cardápio próprio, brincamos com anos 1970 e pratos característicos da cidade, como a feijoada no Rio de Janeiro e a coxa creme em São Paulo. E da mesma maneira, temos um coquetelaria de altíssimo padrão, com drinques de alto padrão.

Isso também nos permite oferecer uma experiência muito mais completa que em uma casa de shows tradicional. É intimidade, alta gastronomia e música de excelência. Tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, temos dois sets por dias, às 20h e 22h30. E, em ambos os casos, quem vai assistir a um show pode chegar antes, jantar, tomar um drinque. Ou até ficar depois do show.

Serviço

Divulgação/Gustavo Bresciani
Segundo piso do Blue Note Rio recebe shows com capacidade para 210 pessoas
Segundo piso do Blue Note Rio recebe shows com capacidade para 210 pessoas

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