Raphael Silva   |   06/03/2018 10:49

UE quer empoderar cliente com nova regulação de dados

Lei Europeia de Proteção de Dados Pessoais quer reduzir poder de grandes companhias regulando a utilização de informações privadas de clientes

Divulgação/ European Union
União Europeia visa proteger informações privadas de cidadãos contra práticas incorretas de grandes empresas
União Europeia visa proteger informações privadas de cidadãos contra práticas incorretas de grandes empresas
Companhias aéreas, OTAs e empresas que operam em países da União Europeia (UE) têm pouco menos de três meses para se regularizarem perante as novas regras de proteção aos dados de passageiros. Após cinco anos de desenvolvimento, o projeto EU General Data Protection Regulation (GDPR) entrará como regulação em vigor no dia 25 de maio, visando uma padronização e maior proteção das informações de consumidores pela Europa. Mas o que muda efetivamente?

Aprovada pela UE em 2016, a GDPR pode ser traduzida para o português como Lei Europeia de Proteção de Dados Pessoais. O objetivo principal é regular como as grandes empresas utilizam os dados e informações privadas de clientes, com ênfase quando o assunto se trata em contato com a mídia e investimentos publicitários.

Dados privados de clientes europeus serão protegidos com o ideal de limitar a "invasão" da tecnologia, reduzir o poder de controle das grandes empresas e empoderar o cliente. Os responsáveis pela GDPR a colocam como a "mudança mais importante da proteção de dados nos últimos 20 anos".

A regulamentação, por exemplo, impede que empresas se aproveitem de dados para vender passagens aéreas mais caras devido à localização ou demanda, prática considerada ilegal e que, inclusive, levou a Decolar.com a ser acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no início deste ano.

Em contrapartida, quem não se adequar à nova regulação pode ter que pagar uma multa de 20 milhões de euros ou 4% do volume global de negócios da empresa. O maior valor será aplicado.

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