Laura Enchioglo   |   08/01/2024 16:16

HotéisRio comemora adiamento de visto para EUA, Canadá e Austrália

Antes prevista para iniciar em 10 de janeiro de 2024, nova exigência foi postergada para abril


Divulgação
Presidente do Sindicato Patronal dos Meios de Hospedagem da capital do Rio de Janeiro (HotéisRio), Alfredo Lopes
Presidente do Sindicato Patronal dos Meios de Hospedagem da capital do Rio de Janeiro (HotéisRio), Alfredo Lopes

O presidente da HotéisRio, Alfredo Lopes, considerou acertada a decisão do presidente Luís Inácio Lula da Silva de adiar para abril a exigência dos vistos para estadunidenses, canadenses e australianos. Antes prevista para iniciar em 10 de janeiro de 2024, a nova exigência foi postergada, por meio de decreto do Governo Federal, para 10 de abril.

“Com a atração de turistas estrangeiros sempre abaixo de outras importantes metrópoles mundiais, lembrando que o Brasil há décadas não ultrapassa a barreira dos seis milhões de visitantes estrangeiros por ano, sempre considerei a exigência de vistos uma visão unilateral desalinhada com a atual demanda do Turismo nacional e fluminense", destacou Lopes.

A HotéisRio ainda pontuou que esperava que o Governo Federal buscasse caminhos para ampliar investimentos em promoção e captação, que neutralizasse um "histórico desastroso" de relacionamento com estes mercados com enorme potencial de resposta. "Reconhecemos que este governo, em um trabalho consistente que vem sendo realizado pela Embratur, caminha positivamente neste sentido. Mas ainda estamos longe do potencial de captação do mercado internacional. Por isso consideramos mais do que acertada a decisão do adiamento”, declara.

Segundo o presidente da entidade, já foi registrado um enorme desequilíbrio entre o que os estrangeiros deixam no Brasil e o que os brasileiros gastam lá fora e, com a volta da exigência, essa diferença desfavorável deve aumentar. "Não tem nenhum sentido cobrar vistos não só de norte-americanos, mas de todos os países que tinham sido liberados. No caso dos turistas dos Estados Unidos, muitos terão que se deslocar para um estado que tenha um consulado brasileiro para poder fazer os trâmites, além de pagar uma taxa de US$ 115".

Para Lopes, a volta do visto afeta frontalmente o trabalho de promoção do País feito pela Embratur e dificulta a vinda de turistas estrangeiros, "justamente em um momento em que queremos trazer mais visitantes”, finaliza.

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