Rodrigo Vieira   |   30/08/2023 12:45
Atualizada em 30/08/2023 12:46

Histórias reais comprovam a importância do seguro viagem

Revista PANROTAS ouviu agentes de viagens e relatou casos no Especial Seguro Viagem


Danila Hamsterman/Unsplash
Casos reais: brasileiros que quase viajaram sem seguro, mas foram convencidos a comprar e salvos pelo voucher
Casos reais: brasileiros que quase viajaram sem seguro, mas foram convencidos a comprar e salvos pelo voucher

O curitibano Pedro Oliveira é fã de motos e viaja para percorrer estradas internacionais sobre duas rodas. Certa vez, em Portugal, o brasileiro se acidentou. A queda foi feia, ele ficou inconsciente, foi acudido por uma ambulância e levado para o hospital. Ficou muito tempo internado, ultrapassando, inclusive, o dia do seu embarque de volta para o Brasil. Não fosse o seguro viagem, o pesadelo seria bem pior: a conta da clínica ficou na casa das dezenas de milhares de euros, mas tudo foi coberto e, graças ao seu voucher, Oliveira já está no Brasil planejando suas próximas férias.

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Luciana Freitas, de São João del Rey (agência Caminho Real Tur) é a agente de viagens que insistiu na venda de seguro viagem para um cliente em Porto Seguro.
Luciana Freitas, de São João del Rey (agência Caminho Real Tur) é a agente de viagens que insistiu na venda de seguro viagem para um cliente em Porto Seguro.

Já Felipe Costa é um viajante de perfil econômico. Enxuga ao máximo possível seu orçamento para poder viajar sempre. Algumas férias atrás, ele saiu de São João del Rey (MG) rumo a Porto Seguro (BA) para férias em família. Seguro viagem, Costa contratou apenas para sua filha de dois anos de idade, ainda que a ele tenha sido oferecida a proteção. Apesar do risco, o viajante se deu bem: depois de dois dias no destino baiano, a garota ardeu em febre. Graças à proteção, um pediatra bateu à porta do quarto da família cerca de uma hora depois. Tudo mais do que resolvido.

Mãe e filha de Mossoró (RN), Heloísa e Larissa Silva gostam de viajar sempre juntas. Em uma das viagens mais planejadas, a dupla foi aos Estados Unidos e tudo corria bem até Larissa contrair uma infecção na pele dos pés. O que começou com uma pequena irritação se tornou algo que, se não fosse cuidado imediatamente, poderia estragar não só a viagem, como resultar em maiores problemas de saúde em médio prazo. Diretamente do país com um dos sistemas de saúde mais caros do mundo, Heloísa acionou o seguro viagem que indicou levar sua filha a uma clínica próxima. O tratamento salvou a viagem da dupla, que ainda pôde curtir o restante do roteiro em saúde e segurança, sem colocar a mão no bolso para pagar clínica e remédios.

Obviamente, emergência médica é o primeiro motivo que convence o consumidor a viajar protegido, mas está longe de ser o único. Chegar ao destino sem bagagem também é de um transtorno bem amargo, seja nas férias, seja em viagens a trabalho. Alice Camargo fez um stopover em Buenos Aires antes de se dirigir à Patagônia. A gaúcha passou alguns dias na capital da Argentina e, quando voou a El Calafate para ver neve, chegou ao destino sem sua bagagem. Descobriu, pela companhia, que a mala foi parar em Curitiba e só chegaria ao destino patagônico três dias depois, e ainda por cima danificada. Em pleno inverno, apenas com o agasalho do corpo. Graças ao seu seguro viagem, Alice salvou sua estada em El Calafate comprando mais de US$ 200 em roupas básicas e agasalho, que foi reembolsada junto com o sinistro do dano à mala.

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Aline Cobalchini, de Porto Alegre (agência Coacoba), vendeu seguro viagem para uma cliente que foi à Argentina e a salvou com a bagagem
Aline Cobalchini, de Porto Alegre (agência Coacoba), vendeu seguro viagem para uma cliente que foi à Argentina e a salvou com a bagagem

Constrangimentos bem parecidos aos da Patagônia em Paris. Dessa vez com as soteropolitanas Lúcia e Giovanna Ricci, mãe e filha, respectivamente. A mala foi extraviada, ficaram 24 horas sem roupas e utensílios, à véspera do aniversário de Giovanna, data para a qual tinha fotógrafo contratado, com tudo arranjado para o ensaio. Para elas, a

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Alynne Lucena, de Mossoró-RN (agência Aelis Turismo), é a agente de viagens de mãe e filha que foram salvas pelo voucher nos Estados Unidos
Alynne Lucena, de Mossoró-RN (agência Aelis Turismo), é a agente de viagens de mãe e filha que foram salvas pelo voucher nos Estados Unidos

viagem estava acabada, tamanha tristeza. Contrataram, porém, um seguro viagem, que logo foi acionado para prover os mais de 200 euros para cada uma irem às compras. Logo depois a mala chegou e a Cidade Luz fez seu papel de um dos "estúdios" mais belos do mundo para o book fotográfico das baianas.

Apesar de todos os nomes anteriores serem fictícios para preservar os viajantes, os personagens são reais. E já ficou óbvio o que todos eles têm em comum: tiveram as adversidades salvas e/ou amenizadas pelo seguro viagem. No entanto, outro ponto em comum abraça as cinco histórias: todas essas férias foram compradas com agentes de viagens tradicionais e, caso isso não tivesse acontecido, é quase certo que nenhum desses brasileiros contaria com um voucher de um seguro de viagem. Isso porque todos esses clientes apresentaram muita resistência para comprar um seguro viagem, resistência essa que é um clássico na vida dos agentes de viagens. Alguns deles só foram convencidos no dia do próprio embarque. A torcida é para que os clientes nunca usem o seguro, mas quando usam, os agentes de viagens conquistam aquele cliente para o resto da vida.

Duda Slud, de Curitiba (agência ES Travel e Unav), Luciana Freitas, de São João del Rey (Caminho Real Tur), Alynne Lucena, de Mossoró-RN (Aelis Turismo), Aline Cobalchini, de Porto Alegre (Coacoba), e Cláudio Desiderio, de Salvador (Familytur), respectivamente, foram os profissionais que relataram os cases.

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Duda Slud, de Curitiba (agência ES Travel e Unav) é o agente de viagens do motoqueiro em Portugal
Duda Slud, de Curitiba (agência ES Travel e Unav) é o agente de viagens do motoqueiro em Portugal

"Explico sempre que esse é o investimento mais barato da viagem. Insisto, mesmo, para que os clientes comprem, e é muito mais pela proteção deste passageiro do que pela comissão. Os seguros viagens cobrem vários itens além dos de saúde. Muitos dos passageiros compreendem e adquirem um seguro viagem, mas outros resistem à compra. Eu não desisto desses últimos, tento convencê-los até o fim. Quando usam, a gratidão deles comigo é enorme, e é um cliente que nunca mais vai deixar de comprar comigo"

Duda Slud, o agente de viagens do motoqueiro em Portugal

Um erro clássico cometido pelos viajantes é acreditar que o seguro oferecido pelo cartão de crédito é igual aos seguros de viagem tradicionais. Praticamente todos os agentes consultados pela Revista PANROTAS para esta matéria relataram que esse foi o caso nas viagens em questão.

"Eu tento sempre explicar a grande desvantagem do seguro do cartão: tudo tem de ser pago pra ter reembolso posterior, em um processo complicado, além de ser simplificado aos problemas de saúde e geralmente não ter outros pontos de cobertura, como bagagem extraviada ou danificada e uma série de itens extras", explica Cláudio Desidério, das clientes de Paris.

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Cláudio Desiderio, de Salvador (agência Familytur) é o agente de viagens das brasileiras em Paris
Cláudio Desiderio, de Salvador (agência Familytur) é o agente de viagens das brasileiras em Paris

Aline Cobalchini, da cliente da Patagônia, vai além e diz que pede para que o cliente assine um termo de responsabilidade caso opte por viajar desprotegido por um seguro de viagem tradicional. "É um termo de ciência, um documento que mostra que o seguro viagem foi oferecido por mim, mas o passageiro optou por embarcar com o seu próprio, do cartão de crédito, ou até mesmo desprotegido."

Esta matéria faz parte da Revista PANROTAS especial Seguro Viagem, em circulação nesta semana. Confira a edição digital completa abaixo:



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