Beatrice Teizen   |   07/07/2022 09:19
Atualizada em 07/07/2022 10:03

Ex-Flytour e Gapnet, Rui Alves abre nova consolidadora no Brasil; conheça

Aerticket foi fundada em 1988, conta com sede na Alemanha e está presente em outros países

PANROTAS / Beatrice Teizen
Rui Alves é o CEO da Aerticket Brazil
Rui Alves é o CEO da Aerticket Brazil
Rui Alves está de volta ao mercado de consolidadoras. Um dos sócios e vice-presidente do Grupo Flytour até a compra por Marcelo Cohen, atuou como fundador e diretor de empresas como Gapnet (que se fundiu à Flytour) e Tam Viagens. Depois de uns meses planejando seu retorno, ele estudou várias possibilidades e decidiu aceitar o desafio de trazer uma nova empresa de consolidação para o Brasil: a Aerticket, fundada em 1988 e com sede na Alemanha e presente em outros países europeus, como França, Turquia, Polônia, Espanha e Reino Unido, além dos Estados Unidos.

Em estruturação desde março deste ano, nesta quinta-feira (7), a sucursal brasileira, chamada Aerticket Brazil, começa suas atividades de atendimento às agências de viagens. O sistema no País ainda não está pronto e a previsão é de que esteja disponível em um ano. De acordo com Alves, o principal diferencial da empresa é oferecer, além do conteúdo global, conteúdo local em todos os países em que a consolidadora atua, como as low cost europeias.

“Conheço a Aerticket há mais de 20 anos e tenho uma relação não só profissional, mas também de amizade com um dos fundadores, Rainer Klee. Me considero um fazedor de negócios e não queria parar depois da Flytour, por isso pensei em outras oportunidades. Eu sabia a intenção da companhia de expandir para a América Latina, eles já haviam comprado empresas fora da Europa e isso me animou a conversar e iniciar a operação", conta Alves em entrevista exclusiva ao Portal PANROTAS.

A empresa possui um grande banco de dados na Alemanha e é nele que os parceiros em mais de 100 países se conectam. Com isso, eles carregam suas tarifas por lá e podem também resgatar as de outros mercados. O mesmo está sendo feito com o Brasil.

PANROTAS / Beatrice Teizen
Rui Alves e Wolfgang Lehr
Rui Alves e Wolfgang Lehr
“E, simultaneamente, a Aerticket Brazil vai receber as tarifas ao redor do mundo, dos outros mercados. As mesmas condições, que são as melhores possíveis, poderão ser usadas no Brasil. O que fazemos é agrupar volume. Colocamos o volume global e negociamos os contratos. Com isso, garantimos as melhores tarifas”, explica o vice-presidente de Novos Negócios e Implementações da companhia, Wolfgang Lehr, que está no País para estes primeiros passos da unidade brasileira.

CONTEÚDO GLOBAL E LOCAL
Como mencionado anteriormente, o fato de ter conteúdo local que pode ser replicado em outros países traz capilaridade às ofertas oferecidas e, segundo a Aerticket, torna a empresa mais competitiva.

“Respeitamos todas as regras do Brasil e não vendemos tarifas cruzadas, vendemos opções que são complementares às vendas on-line de cada país. O que fazemos é usar todo conteúdo de tarifa da Alemanha, por exemplo, aqui. Então, se alguém chega em Berlim e quer pegar um voo de lá para uma pequena cidade alemã, as opções não vão aparecer no GDS no Brasil, mas teremos condições de vender esse bilhete por aqui e em condições equivalentes às que têm na Alemanha. Há outras empresas que fazem isso? Sim, mas em diferentes modelos, pois usam o modelo de distribuição com custos internacionais, não locais”, afirma Rui Alves.
Em relação às principais companhias aérea brasileiras, a consolidadora já fez visitas a Azul, Gol e Latam, que, agora, estão no processo de entregar as melhores condições. “Porque estamos oferecendo a essas aéreas não somente ao mercado brasileiro, mas também a nossa base internacional para elas venderem. É um bom negócio para ambos os lados”, pontua o CEO.
“A diferença é, quando há ofertas internacionais, a aérea não dá o mesmo conteúdo para todos os lugares. No Brasil, se a agência vai comprar algum voo dentro da Alemanha, os sistemas vão oferecer duas ou três classes no conteúdo internacional. Já no nosso, estarão disponibilizadas todas as cabines oferecidas por lá”, continua Alves.

MAIS UMA CONSOLIDADORA?
O Brasil é o maior mercado de consolidadoras do mundo. Perguntado se há espaço para mais uma no País, Wolfgang Lehr foi categórico. Sim. Foi por isso, inclusive, que eles começaram o negócio por aqui.

“Eu acredito que a nossa abordagem é bem diferente. Não há uma grande consolidadora com o mesmo histórico, mesmo conteúdo internacional, DNA, tecnologia, serviço etc. que nem nós. Testamos esse conceito em outros países e funcionou bem. Além disso, sabemos que temos a pessoa certa (Rui Alves) no Brasil, com as conexões certas. Temos um bom plano de negócios, estamos fazendo tudo passo a passo. E o timing foi bom, porque a retomada está aí, é o momento perfeito para uma entrada no mercado”, enfatiza.

Neste primeiro momento, a Aerticket Brazil começara vendendo conteúdo aéreo. Mas o sistema da Alemanha também conta com hotel, carros, ônibus e trem e este conteúdo virá para o Brasil em fases. Desenvolvida por meio de um fornecedor local – a especialista em tecnologia para o Turismo Wooba –, a ferramenta é integrada ao sistema alemão e deve ficar pronta no ano que vem.

Mas, apesar de ainda não estar rodando, está sendo usada em fase piloto, há cerca de duas semanas, por três agências de viagens de amigos próximos. Estas agências estão observando o conteúdo e a Aerticket aproveita para testar as integrações com seu backoffice, pegando as informações que precisam para administrar.

“O sistema ainda está sendo construído. No Brasil ainda não está funcionando, pois ainda não temos todas as necessidades para o mercado brasileiro. Não faz sentido ter um trem na Alemanha e integrá-lo com a da Áustria, por exemplo... então temos de buscar o que melhor encaixa para cada país que estamos introduzidos”, diz Lehr.

ESTRUTURA DO TIME
Além de Rui Alves, a sucursal da consolidadora alemã no Brasil conta com outros nomes conhecidos do setor e com experiência e trajetória em grandes empresas do Turismo. Confira a seguir:

  • Rui Alves – CEO Brasil;
  • Vanderlei Folgueral (ex-BRT e Gapnet) – gerente comercial e operacional;
  • Paulo Barbosa (ex-Alitalia, Ancoradouro e Travelport) – gerente de Conteúdo e Produto;
  • Luigi Botto (ex-Argo e Gapnet) – CIO;
  • Marcelo Delgado (ex-Gapnet) – CFO.
PANROTAS / Beatrice Teizen
Sergio Leite, Luigi Botto, Rui Alves, Mariana Maçarico, Valdir Folgueral, Marcelo Delgado, Raphael Jordan, Paulo Barbosa, Vanderlei Folgueral e Wolfgang Lehr
Sergio Leite, Luigi Botto, Rui Alves, Mariana Maçarico, Valdir Folgueral, Marcelo Delgado, Raphael Jordan, Paulo Barbosa, Vanderlei Folgueral e Wolfgang Lehr
Atualmente, são oito profissionas na empresa e o plano para os próximos cinco anos é chegar a 75 colaboradores. No escritório, localizado na região da Consolação, em São Paulo, será seguido o modelo híbrido – três dias presencialmente, dois em esquema home office. Também há funcionários que trabalham apenas de casa e a configuração atual das salas está preparada para acomodar 35 pessoas simultaneamente.

Rui Alves promete mais novidades da empresa para breve, incluindo futuras parcerias que estão sendo alinhavadas.

CONTATO
A empresa está iniciando suas atividades de atendimento às agências de viagens hoje (7) e pode ser encontrada nos seguintes contatos:

E-mail: faleconosco@aerticket.com.br
Telefone: (11) 4688-7300
Endereço: Rua Frei Caneca, 1.246, conj. 52 – São Paulo (SP)





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