Filip Calixto   |   17/04/2023 15:00
Atualizada em 17/04/2023 15:02

Temporada de cruzeiros 22/23 deve injetar R$ 3,6 bi na economia

Movimentação financeira gerada pelo setor foi 240% maior que período de 2021/2022, aponta Clia

Divulgação
Balanço da temporada aponta para o embarque de algo entre  650 mil e 700 mil cruzeiristas na região
Balanço da temporada aponta para o embarque de algo entre 650 mil e 700 mil cruzeiristas na região
Com a finalização da atual temporada de navegações (Costa Firenze e MSC Preziosa acabaram de finalizar suas últimas viagens pela região), o setor de cruzeiros começa a fazer o balanço do período e planejar a próxima época. Segundo dados da Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), a temporada atual gerou cerca de 48 mil empregos e trouxe para o Brasil um impacto econômico de aproximadamente R$ 3,6 bilhões, crescimento de 240% em relação a 2021/2022. Esse valor engloba tanto os gastos diretos, indiretos e induzidos das companhias marítimas, quanto os gastos de cruzeiristas e tripulantes.

O período começou em outubro do ano passado e durou até este início de abril, segundo a associação, consolidando-se como a maior dos últimos dez anos, com a estimativa de ter entre 650 mil e 700 mil cruzeiristas embarcados, mais de quatro vezes acima de 2021/2022, que teve menos navios e menor período de navegação.

Costa Firenze, Costa Fortuna, Costa Favolosa, MSC Armonia, MSC Fantasia, MSC Musica, MSC Preziosa, MSC Seashore e MSC Seaview formaram o grupo de nove embarcações de cabotagem que partiram dos portos de Itajaí (SC), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Santos (SP), com escalas em 17 destinos, incluindo Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este, que voltaram aos roteiros depois de um período de restrições.

A temporada 2022/2023 também marcou a volta do Brasil à rota de importantes companhias marítimas de todo o mundo, com 35 navios de longo curso fazendo paradas em 45 destinos localizados em 15 Estados, como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, entre outros, trazendo impactos que podem chegar a R$ 400 milhões para o País.

PANROTAS / Emerson Souza
Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil
Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil
"Celebramos nossos avanços e conquistas nesta temporada, a maior da década, e já abrimos as portas para a próxima, que deve ser a maior dos últimos onze anos. Estamos trabalhando muito pelo presente e pelo futuro do setor e isso engloba a busca de novos destinos, com alguns já confirmados para 2023/2024, melhorias na infraestrutura, nos custos, no ambiente de negócios do Brasil, além de investimentos em sustentabilidade rumo à meta de diminuir as emissões de carbono em 40% até 2030 e zerá-las até 2050, entre outras coisas", pontuou o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz.

TEMPORADA 2023/2024
Para a temporada 2023/2024, prevista para ter navegação de outubro a maio, o setor tem perspectivas muito positivas, com a expectativa de ofertar 840 mil leitos, crescimento de 6% em relação à temporada atual, e trazer um impacto econômico de, aproximadamente, R$ 3,9 bilhões para o Brasil.

Serão nove navios, como em 2022/2023, mas com capacidade maior. Entre as novidades, está a confirmação de Paranaguá (PR) como porto de embarque, além da possibilidade de estreia de destinos catarinenses, com escalas-teste em Penha e em São Francisco do Sul, além do trabalho um pouco mais de longo prazo para viabilizar outras cidades, como Vitória (ES).

Além disso, a próxima temporada também terá 35 navios de longo curso, que farão paradas em 47 destinos de 15 Estados, como Amapá, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com a expectativa de gerar um impacto de R$ 450 milhões para a economia nacional.

"Nosso foco é que a indústria de cruzeiros continue crescendo, impactando positivamente a economia do País, de toda comunidade envolvida na nossa atividade, toda cadeia de Turismo, como agências de viagens, operadoras de Turismo, hotéis, gastronomia, atrações, entre outros, além dos destinos que recebem os navios", finaliza Ferraz.

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