Rodrigo Vieira   |   10/11/2020 17:04
Atualizada em 11/11/2020 10:27

Organizações negam apoio ao Réveillon da Vila, na Bahia

Empresas e instituições reforçam que não corroboram com as festas de fim de ano no destino nordestino


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Polêmica no réveillon de Santo André, na Bahia
Polêmica no réveillon de Santo André, na Bahia

Empresas e organizações de Santo André, no sul da Bahia, estão reforçando que não corroboram com as festas de fim de ano no destino nordestino. Isso porque, em carta enviada ontem pela organização do Réveillon da Vila, é mencionado apoio a diversos empresários do mercado hoteleiro, gastronômico e comunidades regionais.

"As pousadas Fazenda Amendoeira, Vila Araticum, Victor Hugo, Ponta de Santo André, Brisamar, Hospedaria Santo André e Pousada da Vila, com seus respectivos restaurantes, além do Resort Village Mata Encantada, se manifestam totalmente contra a realização do referido evento e assinaram o abaixo assinado que já consta com aproximadamente 300 assinaturas de moradores, empresários e turistas", aponta a coordenadora do movimento #Reveillondavilanao.

Também se manifestaram contrárias as instituições sem fins lucrativos Instituto Amigos de Santo André (Iasa) e Escola Maria Marta, atuantes na defesa de crianças e adolescentes da Vila de Santo André-BA há, respectivamente, 15 e 21 anos.

"Não fazemos parte das instituições mencionadas na carta. Não apoiamos a iniciativa do evento privado e em momento algum cogitamos pedir ajuda e investimentos aos produtores do mesmo", apontam, em comunicado, Mikie Iwakiri, presidente da IASA, e Paulo Henrique Maciel, presidente da Escola Maria Marta.

"O momento pede cautela e cuidado, portanto, entendemos que evitar aglomerações que possam propagar o SARS-CoV-2, está em consonância com as recomendações do Ministério da Saúde. O Decreto Estadual N.º 20.067 limita a 200 pessoas o número máximo permitido em eventos e pela coerência sustentada no decorrer da crise pelo governo do Estado, dificilmente este número será quadruplicado até o final de dezembro. Os moradores da vila, que se resguardaram desde o início da pandemia, não podem perder o controle conseguido, no momento em que está ocorrendo a retomada do Turismo e comércio locais. Esperamos que as atividades possam continuar seu fluxo normal e que os moradores, frequentadores e turistas permaneçam com saúde, livres da covid-19", concluem as instituições.

Nesta quarta-feira (11), mais três restaurantes se manifestaram contrários ao Réveillon da Vila: Luz de Minas, Orquídeas e Paralelo 16.

*Atualizada na quarta-feira (11 de novembro).

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