Victor Fernandes   |   04/10/2023 13:03

US Travel pede revisão de regras da TSA para estimular viagens nos EUA

Associação defende que país já tem tecnologia para avançar em algumas regras de segurança inconvenientes


Divulgação
Geoff Freeman, presidente e CEO da US Travel Association
Geoff Freeman, presidente e CEO da US Travel Association

Após celebrar brevemente um verão com viagens acima das (baixas) expectativas previamente estabelecidas, a US Travel Association e seu presidente Geoff Freeman realizaram coletiva de imprensa on-line para defender que as regras de segurança desatualizadas da TSA nos Estados Unidos estão impactando na demanda de viagens no e para o país.

"Os tristes eventos de 11 de setembro aconteceram há 22 anos. Viajar de avião nunca foi mais seguro do que agora devido ao avanço da tecnologia."

Geoff Freeman, presidente e CEO da US Travel Association

Segundo Freeman, é preciso rever as regras de segurança aeroportuárias nos Estados Unidos, já que o lento e estressante processo da TSA poderá fazer com que viajantes evitem até duas viagens cada em 2024 devido às complicações nos aeroportos. "Passageiros sabem que o processo de segurança não precisa ser como o da TSA atualmente. Eles viajam para países que não precisam tirar os tênis e líquidos, por exemplo", explicou.

Viagens corporativas também podem enfrentar desafios, segundo Freeman, já que viajantes corporativos viajariam mais duas vezes anualmente se a experiência de viagem aérea fosse mais eficiente. "Estamos vendo frustração em viajantes corporativos, com a retomada estagnada após a pandemia de covid-19", completa o CEO da US Travel, que defende que a experiência no aeroporto é ainda mais importante para aqueles que viajam a trabalho.

Geoff Freeman também citou o TSA Pre-Check e o Global Entry, sistemas feitos para prover maior conveniência aos passageiros, mas que possuem obstáculos em sua solicitação. "Temos tecnologia para avançar em algumas medidas, mas não as usamos", argumentou.

"Viajantes valorizam cada vez mais experiências. A experiência nos aeroportos influencia mais a decisão de viagem atualmente do que há alguns anos atrás. Passageiros não estão pedindo pela lua, eles estão pedindo pela experiência que já foi aplicada em outros lugares do mundo. O viajante está pedindo por reajustes sensatos", disse.

Competição à frente

Ao abordar o assunto, Freeman também afirmou que os Estados Unidos correm o risco de perder sua demanda de viagens para países que não promovem complicações nos aeroportos, dando como exemplos o Reino Unido, que "investiu fortemente em sua infraestrutura aeroportuária", e o Canadá, que "recentemente liberou a entrada sem vistos de turistas de onze países, os quais os Estados Unidos demandam visto para entrar no país".

"EUA ainda são demandados, mas estamos sendo superados por outros países. Não podemos negar o aspecto competitivo do Turismo e como outros países estão atraindo visitantes. Não podemos dar motivos para o viajante evitar viajar aos Estados Unidos, e é isso que estamos fazendo", afirmou o presidente e CEO da US Travel Association.

TSA disposta a conversar

Em recentes discussões com a TSA, Geoff Freeman e a US Travel Association notaram uma "vontade renovada de endereçar o assento e avançar nas dicussões". "Estou animado de que poderemos avançar nessas questões, mas já estamos atrasados nesse momento. Prevalece um pensamento de que deve haver uma maneira melhor de lidar após tantos anos. Não podemos ignorar o papel de políticas governamentais, e é nisso que podemos atuar", concluiu.

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