Victor Fernandes   |   06/05/2024 14:14
Atualizada em 06/05/2024 14:19

US Travel demanda redução do tempo do visto e segurança em viagens aos EUA

Associação quer tornar a experiência do viajante mais eficiente visto os próximos grandes eventos nos EUA


PANROTAS / Victor Fernandes
Geoff Freeman, CEO da US Travel Association
Geoff Freeman, CEO da US Travel Association

LOS ANGELES - Com 67 milhões de turistas internacionais em 2023, os Estados Unidos atingiram 84% dos 79 milhões de estrangeiros de 2019, no pré-pandemia. Para retomar o número de visitantes e atingir os 90 milhões até 2027, a US Travel Association está trabalhando para que o governo federal do país dê mais atenção aos entraves para estrangeiros na emissão de vistos e segurança ao entrar no país.


"Alguns problemas estão sob nosso controle, alguns não. Não controlamos câmbio do dólar e espaço aéreo russo. Mas controlamos o tempo de espera pra visto e o processo de segurança ao entrar nos Estados Unidos".

Geoff Freeman, CEO da US Travel Association

Na questão dos vistos, o Brasil foi dado como exemplo positivo por Freeman, já que as filas para a emissão do documento diminuíram muito no País com contratação de mais agentes consulares. A fila para entrevista para emissão de primeiro visto ainda é um grande obstáculo para viajantes colombianos e mexicanos, dois grandes mercados dos Estados Unidos em que as filas ultrapassam 800 dias.

Segurança

No entanto, a questão da segurança ao entrar nos Estados Unidos foi o tema de maior atenção pela US Travel Association no IPW 2024. Para Freeman, a experiência "incoveniente" de entrar nos Estados Unidos pode fazer com que turistas prefiram outros destinos, algo que a associação está evitando, ainda mais com a aproximação de grandes eventos no país, como a Copa do Mundo FIFA de 2026 e a Olimpíada de 2028 em Los Angeles.

"Muitos viajantes estão gastando mais de duas horas na segurança após umas viagem de mais de dez horas. Passar pela segurança, âlfandega e pegar malas em escalas dentro dos Estados Unidos é um grande inconveniente. Coisas básicas como manter os tênis nos pés e permitir liquidos nas malas podem estimular mais viajantes a viajarem Estados Unidos", explicou o CEO da US Travel.

PANROTAS / Victor Fernandes
Kevin Mcaleenan e Patty Cogswell, especialistas de Segurança, com Geoff Freeman, CEO da US Travel Association
Kevin Mcaleenan e Patty Cogswell, especialistas de Segurança, com Geoff Freeman, CEO da US Travel Association

Em painel com Kevin Mcaleenan, membro da Comissão de Viagens Seguras e Fluídas, e Patty Cogswell, membro da Comissão de Administração de Segurança de Transportes, foram abordadas possíveis soluções para melhorar a experiência do viajante internacional ao entrar nos Estados Unidos. Entre alguns dos citados, estão vistorias automatizadas, uso de tecnologias como IA para analisar bagagens, e documento com biometria facial para atravessar check points.

"É possível ter uma experiência ponta a ponta positiva em que o viajante recebe um comunicado de quando deve sair de casa, marca um horário para passar pela segurança e é avisado por possíveis obstáculos nos aeroportos como obras em terminais. Isso não seria ótimo? Mas para isso, governo e indústria precisam estar alinhados e trabalhar em conjunto", afirmou Patty.

Geoff Freeman concluiu afirmando que está "cuidadosamente otimista de que os líderes dos Estados Unidos estão se atentando aos esforços de outros países, e as mudanças que precisaremos fazer para garantir que continuemos com a nossa merecida cota de viajantes". "Como US Travel, temos o compromisso em fazer o que precisarmos para melhorar a experiência de entrar nos Estados Unidos", completou.

O Portal PANROTAS viaja a convite da US Travel Association, com seguro viagem GTA.


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