Beatriz Contelli   |   26/04/2023 16:59
Atualizada em 26/06/2023 11:51

Conselheiro da IGLTA fala do potencial do Turismo LGBT na América Latina

Colômbia vem à 7ª Conferência da Diversidade para fortalecer parcerias com trade brasileiro


PANROTAS/Emerson Souza
Felipe Cardenas, da Cámara de la Diversidad
Felipe Cardenas, da Cámara de la Diversidad

Para demonstrar a internacionalização do Turismo LGBT, a Conferência da Diversidade está reunindo destinos e entidades estrangeiras que promovem campanhas, eventos e legislações voltados para o público LGBTQIA+.


Um desses destinos é a Colômbia, representada pela Cámara de la Diversidad, associação fundada em 2012 para atender aos interesses da comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência, pessoas pretas, indígenas, migrantes e idosos. Na figura do CEO Felipe Cardenas – que também compõe a diretoria da IGLTA –, a entidade vem ao Brasil para fortalecer as parcerias com o País e evidenciar as similaridades que os dois territórios latino-americanos possuem.


“Trabalhamos para receber cada vez mais viajantes brasileiros diversos e para trazer mais colombianos ao Brasil. Promovemos a campanha #Brasilombia, que reforça nosso reconhecimento como um destino LGBT+ na América do Sul e ressalta a diversidade cultural, musical e artística dos dois países”, explica Cardenas.


O CEO aproveitou a ocasião para divulgar a Convenção Global da IGLTA, marcada para acontecer em San Juan, em Porto Rico, de 4 a 7 de outubro. O evento marcará os 40 anos de atuação da IGLTA e também o regresso da associação à América Latina, que só esteve na região em 2012, na Convenção de Florianópolis.


Nos dez anos que trabalha no Turismo, Felipe Cardenas afirma que uma das principais mudanças sentidas nesse período foi o “descobrimento” – por parte de empresas e governos – dos outros perfis do viajante LGBT+. "Para além dos homens gays brancos norte-americanos, vemos a presença mais constante de mulheres, transexuais, queers e intersexuais".


“Estamos conseguindo desvencilhar a comunidade LGBT+ de imagens estereotipadas, de falsas ideias. O que falta é aplicar a teoria na prática. Muitos países da América Latina têm legislações focadas nesse público, mas ainda encontramos culturas e religiões conservadoras. A atuação das Secretarias de Turismo é imprescindível para romper preconceitos e capacitar a população”, conclui Cardenas.

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