Beatrice Teizen   |   09/08/2019 18:41

CNC revisa crescimento do setor de serviços para 1,3%

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção de crescimento dos serviços de 1,6% para 1,3% em 2019

Em junho, o volume de receita do setor de serviços recuou 1% na comparação com maio, registrando o pior desempenho para um mês de junho nos últimos quatro anos, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE. Nesse cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção de crescimento dos serviços de 1,6% para 1,3% em 2019, em relação a 2018.

Unsplash/Ibrahim Rifath
No entanto, a CNC aposta em um segundo semestre mais favorável e projeta crescimento de 2% na receita real dos serviços em relação ao mesmo período do ano passado. Para a Confederação, com a aprovação da reforma da Previdência, a agenda econômica deve trazer medidas de estímulo ao consumo e aos investimentos.

“Considerando o nível corrente da inflação significativamente abaixo do centro da meta, abre-se espaço para cortes adicionais na taxa de juros, o que permitirá alguma aceleração do setor na segunda metade do ano”, afirma o economista da CNC, Fabio Bentes.

Já na comparação com junho de 2018, a queda de 3,6% foi a maior desde a greve dos caminhoneiros em maio do ano passado (-3,8%). Atualmente, o volume mensal de receita de serviços encontra-se 12,8% abaixo do pico de atividade. O setor terciário é responsável por quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 72% do emprego formal no País.

SUBSETORES
Entre junho e maio de 2019, todos os subsetores tiveram queda. Os destaques negativos foram os serviços de informação e comunicação (-2,6%), seguidos pelos de transportes (-1,0%). O transporte aéreo teve a maior retração (-18,3%), influenciado pelo comportamento dos preços, que tiveram alta de 18,9% em junho, em relação a maio, e de 50,4%, na comparação com o mesmo período de 2018.

Os transportes também registraram forte queda, de 10,9%, na comparação anual, entre junho de 2019 e junho de 2018, a maior desde outubro de 2016. Destaque positivo aos serviços prestados às famílias (5,7%), puxado pelos de alojamento e alimentação (6,4%), que tiveram o melhor desempenho anual desse grupo de atividades, em toda a série histórica da pesquisa.

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