Beatrice Teizen   |   09/05/2023 19:30
Atualizada em 09/05/2023 20:17

CVC Corp chega a R$ 4 bilhões em vendas no 1º trimestre de 2023

Valor representa um aumento de 44% em comparação com o mesmo período do ano passado

PANROTAS / Emerson Souza
Leonel Andrade, CEO da CVC Corp
Leonel Andrade, CEO da CVC Corp
A CVC Corp acaba de anunciar seus resultados do primeiro trimestre de 2023. A empresa registrou um crescimento de 44%, em comparação ao 1T22, nas vendas — reservas confirmadas — no período, alcançando R$ 4,03 bilhões. No 1º trimestre do ano passado, o valor foi de R$ 2,8 bilhões. As reservas consumidas, por sua vez, aumentaram 33%, chegando a R$ 3,9 bilhões.

Na rede de lojas físicas, o aumento no B2C foi de 73%. Desse total, e após os investimentos recentes da holding em tecnologia e digitalização das vendas, mais da metade desses atendimentos foram realizados com o apoio de ferramentas digitais.

O prejuízo líquido de R$ 128 milhões representou uma queda de 23,3% em relação aos R$ 166 milhões apurados no 1T22. O EBITDA ajustado, por sua vez, somou R$ 25,5 milhões, um crescimento de 103%. Já a receita líquida avançou 0,9%, registrando R$ 295,5 milhões.

O Take Rate (valor que incide sobre cada transação) apresentou uma diminuição de 2,3 pontos percentuais, indo de 9,7% no primeiro trimestre de 2022 para 7,4% no deste ano. De acordo com a CVC Corp, este resultado é refletido no desempenho aquém do esperado nos produtos exclusivos negociados com take rate inferior ao projetado, e perdas com não ocupação no montante de R$ 4,8 milhões (equivalente a 0.3 p.p. do take rate do B2C); embarque, no 1T23, de cerca de metade das reservas realizadas no final de semana da Black Friday; e forte crescimento do produto marítimo que, apesar de possuir menor take rate nominal, não requer capital de giro ou incorre em despesas de vendas, sendo que neste trimestre as reservas consumidas do produto marítimo na CVC Corp Brasil representaram 8% (1% no 1T22) e incremento de 872% nas reservas consumidas.

O EBITDA também caiu, sendo de R$ 15,8 milhões, comparado aos R$ 33,3 milhões no primeiro trimestre de 2022. Isso representa uma queda de 52,5%. Já o EBITDA ajustado, o qual acresce as despesas com boletos e excetua os itens não recorrentes, foi de R$ 25,5 milhões –aumento de 103% em relação ao 1T22.

"Temos reportado melhor controle de despesas há alguns trimestres. Seguimos empenhados na racionalização de despesas com vistas à excelência operacional, por meio de um redesenho de processos que se estenderá por todo o ano de 2023, valendo-se de investimentos já realizados em períodos passados e que conta com auxílio de consultoria externa, focando em revisão de atividades operacionais e uso da capacidade instalada de inovação", explica o CEO do grupo, Leonel Andrade.

B2B VERSUS B2C
Assim como nos resultados do ano de 2022 como um todo, o B2B da CVC Corp apresentou um melhor desempenho do que o B2C. No 1º trimestre deste ano, a unidade de negócios apresentou R$ 1,6 bilhão em reservas confirmadas (vendas), contra R$ 1,3 bilhão no B2C. Este montante significou um aumento de 30% e 47%, respectivamente, versus o mesmo período do ano passado

Além disso, a Argentina apresentou um aumento significativo nos resultados apurados. De R$ 643 milhões em vendas (reservas confirmadas) no 1T22 foi para R$ 1,07 bilhão no 1T23, um crescimento de 67%.

LOJAS PRÓPRIAS E FRANQUIAS
Em termos de lojas próprias, a CVC Corp foi de 13 no primeiro trimestre de 2022 para sete no primeiro trimestre de 2023. Já em franquias, o número foi de 1.090 no 1T22 para 1.032 no 1T23. Na tabela abaixo é possível ver a evolução da rede de lojas da companhia com detalhes.

Endividamento
O trimestre também foi marcado pela equalização da estrutura de capital do grupo, cujo saldo de debêntures somava R$ 925,9 milhões ao final de março de 2023, superior aos R$ 896,7 milhões verificados ao fim de 2022.

Com a aprovação do acordo com os debenturistas para reperfilamento da dívida, em 6 de abril, a companhia atingiu o menor patamar de dívida dos últimos cinco anos, mais gerenciável e com vencimentos condizentes com a geração de caixa. O resultado foi a elevação do rating de crédito para “brBB+” ainda em abril, o mais alto desde o início da pandemia.

Tópicos relacionados