Danilo Teixeira Alves   |   02/07/2019 10:38

Saída da Fórmula 1 trará prejuízo de R$ 185 milhões para SP

A Fecomercio-Sp projetou as possíveis perdas na economia local caso a capital paulista deixe de sediar a etapa brasileira do mais importante evento automobilístico

A decisão de quem sediará o Grande Prêmio de Fórmula 1 no Brasil a partir de 2021 ainda não saiu, e a disputa entre São Paulo e Rio de Janeiro ainda está só no começo. Para se antecipar e mostrar os benefícios que a etapa brasileira da corrida traz para o turismo paulistano, a Fecomercio-Sp projetou as possíveis perdas na economia local caso a capital paulista deixe de sediar o evento.

Divulgação F1

Segundo a entidade, o prejuízo estimado é de R$ 185 milhões no período de realização, entre sexta e domingo, com a ausência dos 115 mil turistas que chegam a São Paulo especificamente para assistir à corrida. No cálculo, estão sendo levados em consideração os gastos com hospedagem, alimentação, compras e transporte, excluindo as despesas de ingresso e passagem aérea.

Dados do Observatório do Turismo da SPTuris indicam que a ocupação na hotelaria de São Paulo aos fins de semana de novembro é a maior do ano. Em 2018, por exemplo, a taxa foi de 72,6%, enquanto para o segundo semestre, a média (para o mesmo período) foi de 65,7%. Além disso, a diária média nos finis de semana do penúltimo mês é também a maior do ano – de R$ 295,68 registrado no ano passado, ao passo que a média nos 12 meses foi de R$ 277,74.

Entretanto, o valor projetado pode ser considerado subestimado, uma vez que a perda está relacionada somente aos gastos dos turistas, não considerando o prejuízo com o dinheiro que circularia entre os postos de trabalho gerados diretos e indiretos, das empresas de construção, de catering, entre outras funções que fazem o evento acontecer.

A Fecomercio-SP ressalta que São Paulo é uma cidade que já está acostumada com a logística do evento, assim como também possui a infraestrutura adequada para atender os visitantes.”São dois aeroportos de grande porte (Guarulhos e Campinas) para receber turistas (conexões diretas com quase todas as capitais do País e do continente) e as toneladas de equipamentos (que também chegam pelo Porto de Santos), além do aeroporto de Congonhas. A estrutura de hotéis e restaurantes também está adequada à demanda, bem como os fornecedores do evento”, explica a entidade.

“Portanto, a Fecomercio SP entende que a cidade é a mais bem preparada para receber a Fórmula 1 no Brasil, ainda mais em razão do compromisso que a prefeitura teve de investimentos e adaptações necessárias no autódromo e arredores nos últimos anos”, concluiu.

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