Filip Calixto   |   27/09/2022 10:44

10 tendências para o Turismo rodoviário no Brasil

O CEo do ClickBus aponta 10 tendências para o futuro do Turismo rodoviário

Divulgação/Onfly
Conectividade, tecnologia e mais rotas estão entre as 10 tendências para o Turismo rodoviário do futuro
Conectividade, tecnologia e mais rotas estão entre as 10 tendências para o Turismo rodoviário do futuro
Na data em que se comemora o Dia Mundial do Turismo, a ClickBus, marketplace de passagens rodoviárias do Brasil, montou uma lista com 10 tendências do setor num olhar a partir do modal rodoviário. O CEO da plataforma, Phillip Klien, é quem aponta quais são essas tendências e o que esperar para o futuro.

Confira:

1. O turismo rodoviário vai crescer muito mais
Com a flexibilização das orientações de isolamento social, o Turismo rodoviário foi impulsionado por novos hábitos, pois as pessoas estão priorizando viagens mais econômicas, destinos menos movimentados, ecoturismo e lugares que podem ser facilmente acessados de ônibus. As viagens de proximidade e a procura por destinos a menos de 500 quilômetros devem crescer ainda mais em 2022, se consolidando como uma forte tendência para o transporte rodoviário.

De acordo com o levantamento do CT (Conselho de Turismo) da Fecomércio-SP, o faturamento das empresas do Turismo, em janeiro, alcançou R$ 15,3 bilhões, sendo que o setor rodoviário apresentou alta de 8%.

2. Digitalização dos pontos de venda, serviços e operações no modal rodoviário
A digitalização dos pontos de vendas de bilhetes e passagens é uma melhoria inevitável no transporte intermunicipal, interestadual e Turismo. A pandemia acelerou este processo, com consumidores se habituando a fazer compras e transações de casa, e hoje, cerca de 82% dos domicílios brasileiros e acessam a rede mundial de computadores, enquanto o acesso exclusivamente por telefones celulares passou de 58%, em 2019, para 64% da população, em 2021, segundo dados da Agência Brasil.

Sendo assim, as bilheterias estão migrando para modelos digitais, atendendo ao novo comportamento do consumidor. Em um mercado com clientes cada vez mais imediatistas, integrar as plataformas digitais aos serviços de venda é mais do que uma tendência, é um caminho sem volta.

3. Conforto e comodidade para usuários
De acordo com o CEO da ClickBus, as compamhias de transporte rodoviário têm investido em mais opções de ônibus que além de um leito cama, trazem serviço bordo, TV e Wi-Fi para o viajante. "Mas com a chegada de novas tecnologias o ônibus pode ser uma extensão do escritório até mesmo substituir uma diária de hotel, tendo em vista as diversas opções de assentos", diz.

4. Viagens corporativas também são uma nova oportunidade
Por conta do custo benefício, mais empresas e mais profissionais buscam fazer viagens de negócios pelo modal rodoviário. O modelo híbrido de trabalho, que vem sendo adotado por grande parte das empresas, possibilita que as pessoas não tenham que morar na cidade onde está a sua empregadora. Com necessidade de ir ao escritório poucas vezes, o transporte em ônibus se torna uma opção mais econômica e confortável para o trajeto.

Divulgação
Phillip Klien, CEO do ClickBus
Phillip Klien, CEO do ClickBus
5. Conectividade

Para Phillip Klien, a tecnologia 5G pode trazer grandes avanços na gestão de suas frotas e também para os consumidores. "Poderemos ter uma ferramenta que ajude a trazer mais segurança para viagem e também mais previsibilidade quanto ao trajeto, localização do ônibus, horários de chegadas e partidas das rodoviárias e até mesmo facilitar a conexão entre modais", afirma.

Aplicativos e softwares que colhem informações precisas e de forma rápida de rotas e veículos devem ajudar no planejamento mais inteligente de viagens.

6. Chegada das big techs
No geral, o mundo todo está de olho no setor de transporte, inclusive empresas que tradicionalmente não tem relação direta com esse segmento, como as gigantes de tecnologia: Google, Amazon, Apple e Microsoft. Todas essas empresas estão atentas ao transporte porque acredita-se que essa será a nova fronteira de inovação nos próximos cinco ou dez anos.

7. Sustentabilidade e ESG
Os clientes estão cada vez mais exigentes e interessados em contar com o serviço de empresas comprometidas com a sociedade, o meio ambiente, a ética e a sustentabilidade. É por isso que as empresas que aderirem ao conceito ESG (Environmental, Social and Governance ou Meio Ambiente, Social e Governança) serão mais bem quitadas, inclusive por investidores. "Com boas práticas de gestão, cuidados com a comunidade e consciência ambiental, as empresas de transporte de passageiros conseguem melhorar sua imagem, reduzir custos e, evidentemente, ver suas marcas se destacarem no mercado", avalia Klien.

8. Menor tempo de espera
Os usuários querem agilidade e eficiência nos serviços de transporte, com modais e linhas integradas de forma inteligente. A tecnologia é uma aliada para diminuir as janelas de espera nos terminais, deixar os usuários mais satisfeitos e, naturalmente, melhorar a produtividade.

Com uso de sistemas inteligentes para o planejamento do transporte de passageiros, otimização das tabelas de horário, dos turnos de motoristas e cobradores, planejamento de veículos, programação das escalas e replanejamento diário.

9. Mais rotas
A capilaridade nas rotas deve aumentar conforme o setor cresce e sua digitalização também. "Quanto mais pessoas tiverem acesso ao transporte, mais as companhias rodoviárias crescerão, e quanto mais elas crescem e investem capital em tecnologia que facilita o acesso às pessoas, mais elas se expandem, é um ciclo virtuoso. Isso fomenta o setor e aumenta as rotas disponíveis", afirma o CEO da ClickBus.

10. Transporte intermodal
O transporte intermodalintegrado é outra grande tendência para o futuro, e isso deve ocorrer no curto prazo. Quanto mais a economia se recuperar no pós pandemia, mais o turismo irá crescer, em todos os cantos do Brasil, e do mundo.

Cada meio tem suas vantagens. Há lugares onde o avião não chega, onde o ônibus não chega, onde só um barco chega por exemplo. Ou em que o acesso é por estrada apenas, então, a grande sacada serão as parcerias intermodais.

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