Movida

Henrique Santiago   |   19/04/2017 13:57

2/3 de empresas on-line enganam viajantes, diz estudo

Uma triagem feita pela em 352 sites de reservas on-line e de comparação de preços de 28 países da Europa em outubro de 2016 revelou que 235 companhias, ou dois terços, apresentaram irregularidades nos valores.

Divulgação/Pixabay
O uso de artifícios ilegais tem causado reprovação dos consumidores de viagens europeus
O uso de artifícios ilegais tem causado reprovação dos consumidores de viagens europeus

Comprar viagens pela internet tem lá suas vantagens. A praticidade de acessar uma infinidade de produtos, comprar em poucos cliques e pagar on-line são apenas algumas das praticidades oferecidas on-line.

Mas nem tudo é tão fácil quanto parece. Um levantamento da Comissão Europeia e de autoridades de proteção ao consumidor revela que empresas do continente têm crescido não só em vendas, mas também em reclamações de clientes.

Uma triagem feita em 352 sites de reservas on-line e de comparação de preços de 28 países da Europa em outubro de 2016 revelou que 235 companhias, ou dois terços, apresentaram irregularidades nos valores.

Para se ter uma ideia, é comum, de acordo com o órgão, “maquiar” a compra ao colocar elementos adicionais nas tarifas durante o processo sem informar o consumidor de tal alteração. Ou ainda, essas empresas são acusadas de oferecer promoções não correspondentes a serviços disponíveis.

Os nomes das companhias não são relevados, no entanto, o estudo garante que a “maioria” pertence ao setor de viagens. “Eles precisam respeitar as leis do consumidor europeias, assim como um agente de viagens o faz. Os clientes precisam da mesma proteção on-line e off-line”, destacou a encarregada de Justiça, Consumidores e Igualdade de Gênero, Vera Jourová.

Entre as práticas adotadas, 32,1% traz discordâncias entre os preços apresentados no início e fim da compra. Em 30,1% dos sites, o cálculo do total da compra não era 100% fidedigno. Ainda, as empresas virtuais aparentemente divulgaram ofertas consideradas escassas, algo como “restam apenas dois” ou “disponível somente hoje”, sem especificar se essa falta era aplicada estritamente ao seu endereço on-line.

O passo seguinte a ser tomado é exigir de todas as 235 empresas a correção das irregularidades apresentadas. O tempo determinado para a ação, porém, não foi revelado pela autoridade.

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