Felipe Niemeyer   |   22/07/2009 21:45

Espírito Santo define "os sete mitos do setor aéreo"

Veja "os sete mitos do setor aéreo", na opinião de Espírito Santo.

Em sua palestra hoje no Conselho de Turismo da CNC, o professor Respício do Espírito Santo elencou alguns temas que ele considera mitos da aviação comercial e o que seriam os fatos reais relacionados. Veja abaixo o que o estudioso considera serem os "sete mitos do setor de aviação":

Mito: Acreditar que a aviação é um setor especial, de natureza estratégica, e que deveria ser tratado diferente de outros setores.
Fato: "A aviação é sim estratégica, mas há setores tão importantes, como o siderúrgico e o farmaceutico, por exemplo, e que não têm tratamento particular."

Mito: Operadoras, consolidadoras e agências de viagens são imprescindíveis como canais de distribuição para as aéreas.
Fato: "Elas são importantes para a maioria, mas os hábitos de cultura, os motivos de viagens e, principalmente, o acesso à tecnologia influenciam diretamente esse tipo de relação acima."

Fato: A consolidação cada vez maior do setor, com fusões e aquisições entre empresas, é uma tendência em diversos setores - petróleo, telecomunicações, farmacêutico, por exemplo.
Mito: "Mas é errado crer que isso seja prejudicial ao mercado. Aí entra a competência do órgão regulador que deve avaliar os casos em que isso possa ser prejudicial à economia e à sociedade."

Fato: A concorrência direta é benéfica para o passageiro , para a sociedade e para o equilibrio do mercado.
Mito: "Acreditar que a concorrência e a guerra tarifária sem planejamento sejam uma boa coisa."

Fato: Aeroportos sob administração privada estaão sempre em busca de eficiência operacional e financeira.
Mito: "Que o melhor modelo de gestão seja o da concessão à iniciativa privada ou a privatização. A Infraero está promovendo um choque de gestão para melhorar o desempenho como empresa. O importante é que haja a busca na eficiência."

Mito: A aviação regional precisa de tratamento particular por parte do governo.
Fato: "O fato é que devem ser propostas políticas públicas para as localidades que necessitem de serviços aéreos. Deveria ser criado um Programa Nacional de Serviços Aéreos Especiais, assim como existe nos Estados Unidos (Serviço Aéreo Essencial e Serviço Aéreo Rural) e na Europa (Serviço Público Obrigatório), que estimule a aviação em regiões que precisam efetivamente do serviço aéreo - "não necessariamente o modal regional" - a partir de uma definição do governo, que daria subsídios para o desenvolvimento da malha no destino integrando-a à malha aérea nacional.

Veja também quais as tendências e perspectivas para o setor na opinião do professor.

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