Artur Luiz Andrade   |   19/01/2010 10:43

Japan Airlines pede concordata e governo aceita

A Japan Airlines Corporation, Japan Airlines International Co., Ltd. e Jal Capital Co., Ltd. Entraram com pedido de concordata junto à Enterprise Turnaround Initiative Corporation of Japan (ETIC) para iniciar sua reestruturação.

A Japan Airlines Corporation, Japan Airlines International Co., Ltd. e Jal Capital Co., Ltd. Entraram com pedido de concordata junto à Enterprise Turnaround Initiative Corporation of Japan (ETIC) para iniciar sua reestruturação. O pedido foi aceito. Além disso, a Jal entrou com petições para iniciar sua reestruturação junto à Corte Distrital de Tóquio. A corte já nomeou a ETIC e Eiji Katayama como trustees (gestores) da reorganização.

Em seu comunicado, a Jal pede desculpas aos acionistas, fornecedores e demais envolvidos nas operações da empresa pelo “inconveniente e preocupação que essa situação possa causar”.
Os gestores hoje obtiveram autorização para que continue o pagamento de certas transações, como combustível e leasing. A Jal também obterá um financiamento para dar continuidade a seu negócio. Segundo a empresa, que ainda está em meio a uma disputa entre American Airlines e Delta para trocar de aliança (hoje a companhia é da Oneworld), os bilhetes aéreos e o programa de milhas estão garantidos. As operações não serão interrompidas e a empresa promete se empenhar para que os efeitos nos consumidores sejam evitados.

A companhia, fundada em 1953, acredita que renascerá mais forte depois desse processo de reestruturação. A Jal tem 66% de market share internacional no Japão e 46% doméstico. Opera 1,1 mil voos diários e cita, como fatores que levaram aos problemas que culminaram com a concordata, desde os atentados de 11/9/01, até a Sars e a Guerra do Iraque, eventos que criaram um ambiente bastante difícil para as viagens internacionais. A empresa havia recebido empréstimo de 100 bilhões de yen em junho do ano passado.

O plano de reestruuração inclui a substituição de aeronaves por outras mais eficientes, principalmente jatos regionais; o aumento de produtividade e a revisão de sua força de trabalho; flexibilidade no planejamento de rotas e horários, em um processo mais intenso de yield; otimizar as alianças e usar os benefícios da política de Céus Abertos com os EUA; criar um modelo low cost para voos locais; e manter investimentos na renovação da frota e na implantação de sistemas de TI.

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