Felipe Niemeyer   |   10/08/2010 13:20

Gol teve prejuízo líquido de R$ 52 mi no 2º trimestre

A receita líquida da Gol no segundo trimestre de 2010 atingiu R$1.590,9 milhões, ficando 14,1% acima dos R$1,394 milhões registrados no mesmo período de 2009.

A receita líquida da Gol no segundo trimestre de 2010 atingiu R$ 1,6 bilhão, ficando 14,1% acima dos R$ 1,4 bilhão registrado no mesmo período de 2009. O desempenho se deve, principalmente, ao aumento de 16,6% no tráfego de passageiros na malha aérea da companhia na comparação ano a ano, com 7,2 milhões de clientes transportados. O número é um recorde para a Gol entre os meses de abril e junho, apesar de o segundo trimestre ser historicamente caracterizado pelo menor fluxo de passageiros, devido à sazonalidade.

Por conta de despesas com manutenção, referentes à etapa final do processo de renovação da frota, a Gol apresentou prejuízo líquido de R$ 51,9 milhões, ante um lucro de R$ 353,7 milhões no segundo trimestre de 2009. O resultado também foi impactado pela apreciação do real frente ao dólar entre os dois períodos, gerando despesas de variação cambial sobre os passivos em moeda estrangeira.

De acordo com Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol, as despesas com renovação da frota que afetaram o resultado do segundo trimestre já trouxeram benefícios imediatos na linha de custos da companhia, com a redução da quantidade de aeronaves paradas. Para ele, o período merece destaque pela conclusão de importantes passos para os planos de crescimento da companhia. “Sob o ponto de vista operacional, o recorde de tráfego para o segundo trimestre mostra o grande potencial de demanda do País”, afirma.

A taxa de ocupação doméstica da Gol ficou em 61,4% no trimestre, estável na comparação com o mesmo período de 2009, quando a empresa registrou load factor de 61,8%. No mercado internacional, a taxa de ocupação cresceu 9,3 pontos percentuais, para 59,1%. O resultado operacional (EBIT) foi de R$ 57,3 milhões (redução de 36,3% em comparação ao ano passado), com margem de 3,6%, devido, principalmente, às despesas relacionadas ao plano de renovação da frota, que incluíram a devolução de 11 aeronaves Boeing 737-300 e a reativação de quatro Boeing 767, usados em fretamentos.

No período, o yield (valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro) da companhia atingiu R$ 20,87 (redução de 3% em relação aos R$ 21,51 no segundo trimestre de 2009). Ao se desconsiderar a receita de passageiros não-recorrentes, no valor de R$ 42 milhões, o yield de 2010 apresentou aumento de 0,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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