Vera Marcelino   |   19/06/2012 11:54

Azul faz voo com combustível derivado da cana

Às 12h40 decola do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, o primeiro voo do País a utilizar um combustível renovável inovador produzido a partir de cana-de-açúcar.

CAMPINAS – Às 12h40 decola do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, o primeiro voo do País a utilizar um combustível renovável inovador produzido a partir de cana-de-açúcar. O voo da Azul, com destino ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde ocorre a Rio+20, utilizará o AMJ 700, o biocombustível desenvolvido pela empresa Amyris, dentro do projeto Azul+Verde que conta ainda com a parceria da Embraer e da GE. Em coletiva de imprensa, Adalberto Febeliano diretor de relação internacionais da Azul festejou o momento: “o voo é o ápice de um projeto de três anos que se constitui em um importante passo para a sustentabilidade na aviação”.

Paulo Diniz, presidente da Amyris e Jorge Ramos, diretor de desenvolvimento da Embraer, além de Gianfranco Betting, o Panda, diretor de Comunicação da Azul, também participam do voo no jato EMB-195, que contará com 50% de AMJ 700 e 50% de querosene de aviação derivado de petróleo. A mistura não exige qualquer adaptação nas aeronaves, o que “não correu, por exemplo, no início da utilização do álcool, quando os carros necessitavam de adaptações e, mesmo assim, não apresentavam o mesmo desempenho”, lembrou Febeliano. “Se as adaptações fossem necessárias ou se tivéssemos que desenvolver novas aeronaves para a utilização do biocombustível, ele se tornaraia inviável”, destacou Ramos.

O biocombustível a partir de cana-de-açúcar é a aposta destas empresas para médio e longo prazos, pois não tem data para utilização, neste momento. “Já fizemos testes com 100% do AMJ 700 na aeronave. Hoje, a única questão é a capacidade de produção”, explicou Diniz. Duas toneladas de cana são suficientes para a produção de 100 milhões de litros de AMJ 700.


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