Antonio R. Rocha   |   04/05/2015 22:22

Sender se reúne com RN e compara hub Nordeste a Dubai

O Rio Grande do Norte deu mais um passo, no início da noite desta segunda-feira (4), rumo ao sonho de sediar o hub da Tam no Nordeste, a partir do próximo ano.

O Rio Grande do Norte deu mais um passo, no início da noite desta segunda-feira (4), rumo ao sonho de sediar o hub da Tam no Nordeste, a partir do próximo ano. Em reunião realizada na sede do grupo Latam, em São Paulo, o governador Robinson Faria apresentou aos diretores da empresa uma série de argumentos que, segundo ele, credenciam o Estado a receber o investimento.

A abertura da reunião foi feita pela presidente da Tam Linhas Aéreas e Tam S.A., Cláudia Sender, que apontou os motivos que justificaram a escolha do Nordeste para a implantação do novo hub. Entre eles, o alto PIB per capita e o turismo local desenvolvido. “Nossos estudos apontam que o impacto do hub onde for instalado será de geração de oito a 12 mil empregos e R$ 3,9 bilhões em investimentos”, destacou.

Cláudia Sender citou como exemplo Dubai, nos Emirados Árabes, que se tornou um dos maiores centros de conexões do mundo. “É uma capital que aproveitou sua posição geográfica para gerar riquezas”, destacou a presidente, que também poderia ter citado a Cidade do Panamá.

REFINARIA
Em sua apresentação, o governador Robinson Faria lembrou à presidente da Tam que o Rio Grande do Norte é um dos poucos estados que contam com uma refinaria de Querosene de Aviação (QAV) no Nordeste. Além disso, diante da redução do ICMS sobre o combustível, de 17% para 12%, realizada em sua gestão, haverá redução dos custos das empresas aéreas com o insumo básico.

A infraestrutura aeroportuária da primeira concessão privada do Brasil também foi um diferencial apresentado pelo governador. O aeroporto Aluízio Alves, com 15 mil km², possui a maior área patrimonial e maior pista de pouso (3,3 mil metros x 60m) entre os três aeroportos que participam da disputa (Recife e Fortaleza). O terminal tem a maior capacidade ociosa, trabalhando atualmente com apenas 40% da demanda possível, hoje em torno de 6,2 milhões de passageiros. Os acessos e a sinalização, porém, precisam de melhorias urgentes.

O potencial turístico e o próprio desenvolvimento do Rio Grande do Norte foram lembrados na ocasião. Com mais de 40 mil leitos e quase 2,5 milhões de turistas por ano, o RN possui o maior Índice de Desenvolvimento Humano (0,684) entre os três Estados que disputam o hub, além da melhor expectativa de vida do Nordeste (74 anos).

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