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Roberta Queiroz   |   11/02/2016 10:24

Estado português pode retomar controle da Tap

Na último sábado (6), um memorando de entendimento sobre a Tap foi assinado em Portugal. O documento indica alterações no controle da empresa, que desde novembro de 2015 passou para as mãos do consórcio Gateway, controlado pelo dono da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, David Neeleman.

PANROTAS / Emerson Souza
Na último sábado (6), um memorando de entendimento sobre a Tap foi assinado em Portugal. O documento indica alterações no controle da empresa, que desde novembro de 2015 passou para as mãos do consórcio Gateway, controlado pelo dono da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, David Neeleman, e o empresário português Humberto Pedrosa.

De acordo com o documento, em dia 30 de abril será celebrado o contrato de compra e venda de ações, além do acordo parassocial entre a Atlantic Gateway e o Estado Português. Se o acordo entrar em vigor, o controle da aérea será reconfigurado: o Estado Português volta a deter 50% do capital, o consórcio privado fica com 45% e o restante (5%) cabe aos funcionários da companhia. Em novembro, a Gateway controlava, sozinha, 61% da empresa.

O possível futuro conselho de administração da Tap será formado por 12 membros: seis nomeados pelo Estado e seis pelos demais acionistas.

REPERCUSSÃO
O memorando também deixa claro que a Tap continuará sendo privada, porém o Estado ganhará a presidência do conselho, “voto de qualidade” e um custo de 1,9 milhão de euros. A novidade não foi bem recebida pela oposição liderada pelo PSD, que estava à frente do poder ao longo da privatização.

Nesta terça (9), o partido solicitou, com urgência, a realização de um debate na Assembleia da República para que o primeiro-ministro, Antônio Costa, esclareça as mudanças, no entanto, a reunião será presidida pelo ministro do Planejamento e Infraestruturas, Pedro Marq.

Em entrevista ao Valor Econômico, a Tap disse que ainda não houve transformações na estrutura, já a Azul afirmou que possíveis alterações na composição acionária da aérea portuguesa não vão alterar os planos e contratos entre as empresas.

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