Renê Castro   |   03/02/2016 11:09

Greve dos aeronautas: protesto, cancelamentos e atrasos

Passageiros enfrentaram transtornos para viajar de avião na manhã de hoje em razão da greve dos aeronautas e aeroviários, programada para 12 aeroportos do país entre as 6h e as 8h. Na capital paulista e no interior, os terminais de Congonhas, Guarulhos e Viracopos tiveram ao menos 13 voos cancelados

AGÊNCIA BRASIL
Passageiros enfrentaram transtornos para viajar de avião na manhã de hoje em razão da greve dos aeronautas e aeroviários, programada para 12 aeroportos do país entre as 6h e as 8h. Na capital paulista e no interior, os terminais de Congonhas, Guarulhos e Viracopos tiveram ao menos 13 voos cancelados até as 7h30.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), das 19 decolagens programadas entre as 6h e as 7h30 em Congonhas, 12 foram canceladas e quatro estavam atrasadas. Funcionários fazem um protesto no saguão. A GRU Airport, que administra o aeroporto de Guarulhos, informou em seu último boletim, atualizado às 7h30, que dos 87 voos programados um foi cancelado e duas decolagens e dois pousos sofreram atraso.

No aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas, interior paulista, nenhum avião decolou entre as 6h e as 7h30. Ao menos dez voos estão atrasados. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), as empresas aéreas Tam, Gol e Avianca vão flexibilizar as regras para a remarcação de voos, a fim de não prejudicar os passageiros.

A Tam informou que não cobrará as taxas de remarcação e diferença de tarifas para os passageiros com voos domésticos agendados entre as 6h e as 18h de hoje ou voos internacionais entre as 6h e as 8h. Os clientes podem adiar suas viagens em até 15 dias a partir da data do voo original, mediante disponibilidade. A empresa ofereceu também o reembolso dos bilhetes tanto para voos domésticos quanto internacionais.

A Gol ofereceu remarcação das viagens, sem taxas, ou reembolso integral das passagens. Já a Avianca comunicou que os clientes poderão remarcar as viagens com isenção de taxas, mediante disponibilidade de assentos.

REAJUSTE SALARIAL
As categorias rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa reajuste parcelado e não retroativo à data-base - dia 1º de dezembro. Os trabalhadores reivindicam a aplicação do reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à data-base, que fará a recomposição das perdas inflacionárias nos salários.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lamentou a greve. “O setor reconhece e respeita o direito de manifestação, mas lamenta o caminho escolhido em prejuízo dos passageiros. Em qualquer circunstância, as companhias aéreas estarão mobilizadas em prestar assistência aos clientes e a fazer todo o possível para minimizar os eventuais transtornos”.

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