Danilo Teixeira Alves   |   12/05/2016 14:22

“O ambiente ainda é de incerteza”, diz presidente da Gol

O presidente da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, Paulo Kakinoff, disse hoje, em teleconferência com investidores, que as mudanças do governo do País ainda reforçam um ambiente de incerteza para os próximos meses





O presidente da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, Paulo Kakinoff (foto), disse hoje em teleconferência com investidores, que as mudanças do governo do País ainda reforçam um ambiente de incerteza para os próximos meses. “Depois de anos de crescimento saudável, a economia começou a enfraquecer e piorou bastante em 2015. A recessão econômica, alimentada por escândalos e processos políticos, que culminaram hoje no processo de afastamento da presidente, piorou ainda mais”, disse.

Mesmo diante da incerteza, Kakinoff diz que as iniciativas tomadas pelo “grupo de águias da Gol” resultaram no lucro de R$ 757 milhões no primeiro trimestre do ano. “O corte de oferta, as mudanças em nossa malha aérea e melhores práticas em gerenciamentos de custos ajudaram a companhia a atingir o resultado positivo, mesmo com a diminuição da demanda de passageiros”, comentou.

A companhia tem uma dívida de R$1,050 bilhão representada por debêntures em circulação por ela emitidas e iniciou discussões com os titulares de tais debêntures visando algumas concessões, incluindo a prorrogação de 90% do valor de principal vincendos em 2016 e 2017 para 2018, 2019 e 2020, além de um novo crédito no valor de R$ 380 milhões com prazo de dois anos e renúncia para o cumprimento de determinadas obrigações financeiras por um ano.

Para o executivo, a conclusão do plano de reestruturação em andamento fará com que a companhia saia da crise econômica e faça voos ainda maiores. “Estamos focados em ser a melhor empresa aérea do País, para isso estamos investindo em plataformas tecnológicas que melhorem a experiência a do nosso cliente. Sairemos dessa crise muito mais forte do que quando entramos nela”.

Ele reiterou a revisão do cronograma de recebimento de aeronaves da empresa. “Deveremos fechar o ano com 125 aviões em nossa frota. Esse mesmo número deverá ser mantido no ano que vem. Apenas em 2018 deveremos receber duas ou três aeronaves”, comentou. A Boeing, fabricante das aeronaves da aérea, apoiou a racionalização da frota e das decolagens da companhia. As duas empresas acordaram flexibilidade adicional nas futuras entregas de aeronaves. De acordo com o documento da Gol, em 31 de dezembro do ano passado, havia um valor de R$555,5 milhões em pagamento prévio de entregas.

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