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Rafael Faustino   |   02/06/2016 09:19

Sem voos regulares, aeroporto de SP busca parceiros

Decolou anteontem (31/5), às 7h35, o último voo da Latam no aeroporto Professor Ernesto Urbano Stumpf, em São José dos Campos (SP). Com isso, o terminal no interior paulista ficou sem nenhuma operação comercial 

Decolou anteontem (31/5), às 7h35, o último voo da Tam no aeroporto Professor Ernesto Urbano Stumpf, em São José dos Campos (SP). Com isso, o terminal no interior paulista ficou sem nenhuma operação comercial – a Azul já havia encerrado suas atividades em 2014 – e com sua viabilização ameaçada, após uma ampliação que custou R$ 19,5 milhões.

O aeroporto continua com operações de aviação geral e militar, que geram, em média, 37 pousos e decolagens diários, segundo a Infraero, que administra o local. Não se sabe, entretanto, se isso basta para arcar com o custo anual de manutenção – R$ 26,4 milhões, de acordo com a estatal – após a reforma feita em 2014, que aumentou a área do terminal de passageiros de 800 metros quadrados para 5,8 mil.

“Foram entregues novas salas de embarque e desembarque, um novo saguão de passageiros, balcões de check-in, sanitários, reservatório de água, estação elevatória de esgoto e subestações de energia elétrica”, listou a Infraero, consultada pela reportagem.

A estatal afirmou que está buscando “novos parceiros” para operar no terminal. “Há outras receitas com concessão de hangar, salas no Terminal de Logística de Carga (Teca), locadora de veículos e empresas de suporte aeronáutico”, lembra a empresa, que não informou quanto arrecada com essas atividades.

A Tam foi a última aérea a deixar de operar no aeroporto.

A estatal não se posicionou sobre a possibilidade de conceder o aeroporto à iniciativa privada, uma das possibilidades para aproveitar o espaço recém-repaginado.

LATAM
A Latam Airlines credita a saída a economias feitas para “enfrentar o contexto macroeconômico brasileiro desafiador”, segundo nota enviada ao Portal PANROTAS.

A empresa, que já cancelou em 2016 a rota Belo Horizonte-Miami, afirma que seguirá “conservadora” na oferta de voos domésticos em 2016. Em seu guidance, está prevista para este ano uma redução de 10% a 12% nessa oferta.

No dia 1º de agosto, será a vez de Juazeiro do Norte (CE) perder os voos da aérea, que também prevê para setembro o fim da rota Brasília-Miami.

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