Movida

Renato Machado   |   21/02/2017 13:32

Com aviação ainda em queda, Abear aposta em retomada

Em divulgação de números sobre o mercado, nesta terça-feira, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, mostrou desconforto com os números de janeiro/2017

Emerson Souza
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear
Queda sobre queda. Este é o cenário da aviação nacional na alta temporada de 2017. Em divulgação de números sobre o mercado, nesta terça-feira, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, mostrou desconforto com o 18º mês consecutivo de retração na demanda da indústria.

“Os números são absolutamente claros”, anunciou Sanovicz. “Tenho uma preocupação com os resultados muito difíceis desta temporada em termos de números”, disse ao se referir ao comparativo com o já fraco início de 2016.

À época, em janeiro de 2016, a aviação nacional apresentara queda superior a 4% em relação ao mesmo mês em 2015, o que torna ainda mais relevante o recuo na demanda de 1,38% no primeiro mês deste ano.

Com 8,6 milhões de passageiros transportados em janeiro, a queda foi de 2,17% - acompanhando de perto a oferta, que reduziu 2,74%. O movimento contíguo destes dois itens mostra, segundo o consultor técnico da Abear, Mauricio Emboaba, que a estratégia do mercado brasileiro é acertada.

“A indústria tem mostrado maturidade no gerenciamento da oferta, adequando-o à demanda. Os números mostram que eles estão voando com aviões mais cheios, mesmo com a retração da oferta”, pontua o especialista. A ocupação em janeiro de 2017 subiu 1,17 ponto percentual, chegando aos 84,36% - marca que se equipara às taxas encontradas em mercados globais.

OTIMISMO
Apesar da manutenção da queda, há certo otimismo de que a aviação nacional irá retomar os resultados positivos ainda este ano. “As quedas estão em taxas cada vez mais baixas, são significativamente decrescentes”, analisa Emboaba. Sanovicz concorda. “Estamos cada vez mais próximos do zero, é realmente um pouso suave do mercado diante da economia. Estamos vivendo um cenário econômico que parece tender à estabilização.”

Segundo a análise do presidente da Abear, os números da aviação irão “tangenciando o zero mais para o meio do ano. Depois disso, esse zero sobe um bocadinho e a tendência é de retomada a partir do final do ano”. “Acho que na temporada do ano que vem, gostaria de estar aqui com um cenário de dados positivos. A tendência aponta para isso”, conclui.


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