Renato Machado   |   13/12/2017 18:17

B777 voltam a ter papel importante na estratégia da Latam

A frota de Boeings 777 da Latam Brasil será paulatinamente reformada a partir do segundo semestre de 2018. Segundo o CEO da companhia, Jerome Cardier, a decisão se trata de uma aposta no modelo e, sobretudo, na manutenção do preço do petróleo nos atuais pat

Emerson Souza
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil
Jerome Cadier, CEO da Latam Brasil
A frota de Boeings 777 da Latam Brasil será paulatinamente reformada a partir do segundo semestre de 2018. Segundo o CEO da companhia, Jerome Cardier, a decisão se trata de uma aposta no modelo e, sobretudo, na manutenção do preço do petróleo nos atuais patamares. Ainda não está definido quantos dos dez B777 da frota da empresa serão atualizados.

O retrofit foi anunciado nesta quarta-feira durante conversa com jornalistas. Segundo Cardier, a frota, que tem em média aeronaves de dez anos e, no máximo, 15 anos, já recebera uma modernização “leve”, dado que dentro da estratégia da Latam o modelo não seria utilizado por muito mais tempo.

Chamado pelo executivo de um avião “gastão”, pelo alto consumo de combustível em comparação com outros modelos, o 777 tinha assim prazo de validade na operação da Latam. A mudança na estratégia veio com a baixa do petróleo que, nos patamares atuais, evidenciam outras vantagens operacionais do B777, tornando-o viável para “mais dez ou 12 anos”.

“O retrofit desenhado hoje tem um espaço maior nas seis primeiras fileiras da Economy. Não é um assento ou serviços diferentes, não é uma Economy Plus, mas é mais espaço para perna”, revelou sobre o interior, que segundo o CEO terá configurações das aeronaves mais modernas da Boeing.

Divulgação/Latam Brasil
O Boeing 777-300 ER da Latam Brasil
O Boeing 777-300 ER da Latam Brasil
A reformulação do interior dos Boeing 777 deve começar no segundo semestre do ano que vem, com trabalhos em uma aeronave a cada 45 dias. Um processo que, se feito em todas os dez Boeing 777, pode durar até 15 meses. Sem dar valores, Jerome Cardier fala em “mega investimento” para esse processo e compara com o último (e leve) retrofit, que custou cerca de US$ 5 milhões por aeronave.

TECNOLOGIA
Em uma aviação que “mudou radicalmente em 2017”, como afirma Cardier, a Latam optou por aguardar o máximo que pode para implementar a conectividade wi-fi em suas aeronaves. “A gente demorou conscientemente para fazer isso, não víamos que era um case positivo de negócio, pelos custos de equipamento, de peso e aerodinâmica que refletem no consumo”, explica.

A partir de abril, inicia-se então o processo de instalação das antenas para captação da rede – a expectativa é que 100% da frota esteja “on-line” ao final de 2019. “A gente percebeu que agora, com outras maneiras de financiamento que não apenas a taxa paga pelo passageiro, a oferta desse serviço se torna um ponto alto”, complementa.

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