Henrique Santiago   |   26/12/2017 12:59

Céus abertos: voos entre Brasil e EUA podem crescer 47%

O projeto de Acordo de Céus Abertos entre o Brasil e o Estados Unidos aprovado pela Câmara dos Deputados essa semana deverá ter um impacto significativo para o turismo doméstico, segundo avaliação do Ministério do Turismo.

O projeto de Acordo de Céus Abertos entre o Brasil e o Estados Unidos aprovado pela Câmara dos Deputados na última semana deverá ter um impacto significativo para o turismo doméstico, segundo avaliação do Ministério do Turismo.

De acordo com levantamento feito pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), o número de passageiros em rotas internacionais com origem ou destino no Brasil poderá aumentar 47% após a ratificação do acordo.

Aprovado em votação simbólica, o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 424/16 segue para o Senado e ainda depende de sanção do presidente da República, Michel Temer. Atualmente, são permitidos no máximo 301 voos semanais entre os dois países.

Jhonatan Soares
O ministro do Turismo, o peemedebista Marx Beltrão
O ministro do Turismo, o peemedebista Marx Beltrão
“A aprovação do texto mostra que os parlamentares compreenderam a importância de reduzir os entraves burocráticos que impedem o fortalecimento e o avanço do turismo brasileiro e estamos confiantes que o Senado também fará uma leitura positiva em relação a esse tema”, acredita o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

O novo presidente da Abav Nacional, Carlos Palmeira, assinala como essa medida beneficia o setor. “Esse tipo de ação amplia o número de oferta de voos e, consequentemente, na redução de preços das tarifas. Então entendo essa aprovação da Câmara como extremamente benéfica para todo o turismo nacional”, defendeu.

Alguns dos artigos previstos no texto já estão em vigor devido a um memorando de entendimentos assinado pelos países em 2011. São eles: regime de preços livres, criação de novos itinerários e a oferta de codeshare.

A redação final da proposta foi assinada pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), determina que cada transportadora terá o direito de vender o transporte na moeda da outra parte ou em moeda conversível, no caso o dólar norte-americano. Outro benefício previsto no acordo é a opção da companhia aérea de manter seu próprio serviço de apoio em solo, exceto se não for possível por limitações físicas e de segurança aeroportuária.

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