Karina Cedeño   |   26/03/2015 17:49

Acesso ao cockpit terá novas regras após acidente na FRA

Após o acidente ocorrido nos Alpes Franceses com o avião da German Wings na última terça-feira (dia 24), diversas aéreas anunciaram que vão alterar as regras de acesso à cabine de pilotagem de seus aviões, passando a ser obrigatória a presença de duas pessoas no cockpit durante todo o voo.

DA AGÊNCIA BRASIL

Após o acidente ocorrido nos Alpes Franceses com o avião da German Wings na última terça-feira (dia 24), diversas aéreas anunciaram que vão alterar as regras de acesso à cabine de pilotagem de seus aviões, passando a ser obrigatória a presença de duas pessoas no cockpit durante todo o voo.

A primeira a anunciar a nova regra foi a Norwegian Air Shuttle, terceira maior empresa aérea de baixo custo da Europa, seguida pela Easy Jet, que afirmou em nota que “a segurança dos passageiros e da tripulação é prioridade máxima para a companhia”.

Outras companhias a aderirem à mudança são as canadenses Air Transat e Air Canada, além da islandesa Icelandair. A filandesa Finnair já aplicava a regra, segundo a qual no caso de ausência de um piloto, outro membro da tripulação deve entrar na cabine.

Atualmente esta obrigatoriedade não está inclusa nas regras de aviação europeias, mas especialistas acreditam que as mudanças serão implementadas pela Agência de Aviação Europeia.

De acordo com o especialista alemão, Harald Stocker, a aviação civil vai mudar de forma significativa após o desastre aéreo com o avião da Germanwings. “Até então, acreditávamos que pilotos não tinham intenções suicidas, que eles conduziam as aeronaves com responsabilidade”, diz, acreditando que as mudanças serão aplicadas não somente no que diz respeito à presença no cockpit, como também em relação aos cuidados em relação ao estado psicológico dos pilotos.

“É preciso checar as condições psicológicas dos pilotos em exames anuais, se eles estão enfrentando crises, preocupações, se estão sob pressão externa. Eles terão que ser treinados para observar seus colegas e perguntar sobre suas condições”, enfatiza Stocker.

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