Rodrigo Vieira   |   27/11/2015 18:13

Aéreas reclamam da promoção nacional e inter no Brasil

Do cenário de crise às oportunidades. Um debate entre executivos de três das principais companhias aéreas brasileiras concluiu a Convenção de Vendas Skyteam Consolidadora hoje, na capital paulista. Tam, Gol e Avianca Brasil debateram as melhores maneiras para escapar da situação crítica pela qual o

Do cenário de crise às oportunidades. Um debate entre executivos de três das principais companhias aéreas brasileiras concluiu a Convenção de Vendas Skyteam Consolidadora hoje, na capital paulista. Tam, Gol e Avianca Brasil debateram as melhores maneiras para escapar da situação crítica pela qual o País passa. Um dos principais pontos de concordância entre eles foi de que não adianta culpar apenas as aéreas por conta da alta dos preços e da redução de assentos.

“Primeiramente, a aviação é um dos setores que mais bem refletem a economia. Estive em Congonhas numa quinta-feira à tarde e estava vazio. As pessoas estão segurando suas viagens corporativas e a lazer”, afirmou o representante da Tam, Rodrigo Canielas.

“É claro que as aéreas têm de se mexer e se virar buscando oportunidades, mas a maioria dos destinos domésticos não faz campanhas efetivas para receber. Eles precisam criar produtos. A previsão é complicado, mas todos têm de se reinventar, não só as aéreas”, avaliou o executivo da Avianca Brasil Rodrigo Napoli. “A crise é passageira, sim, mas não sabemos quando ela pode passar e isso não significa que vamos ficar sentados esperando a demanda.”

Em termos de tráfego internacional, a queixa é direcionada à Embratur. “Esse era o momento de aproveitar o câmbio favorável de quem vem do Exterior para o Brasil, mas simplesmente não há uma propaganda eficaz do Brasil lá fora. A gente não consegue captar visitantes para um País com tantas possibilidades”, queixou Canielas.

O executivo da Gol Fabrício Jerônimo também ressaltou a importância de se ter os pés no chão. “Sabemos que vai ser desafiador e também não adianta nada ficar queixando. A Gol está buscando crescer não só em vendas, mas também em eficiência, em estrutura de custos. É importante também fazer uma ampla análise de dados dos clientes e se perguntar por que ele supostamente tem escolhido o concorrente.”

Napoli concorda com a questão de parar com as queixas. “É quando você está bem que você precisa olhar esses buracos e se preparar para o que vem. As empresas mais sólidas durante o atual momento de crise foram as que olharam lá atrás e previram o que poderia acontecer.”

Para Jerônimo, o corte de destinos não significa crescer em eficiência. “O mais correto é readequação da malha, pois a partir do momento que a demanda de uma rota cai, você percebe que a margem das companhias aéreas é muito estreita. A companhia tem de pensar em mudança de trilhos e não corte de rotas.”

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