Movida

Hugo Okada   |   05/10/2015 15:39

Anúncio de cortes na Air France é interrompido com tumulto

A Air France promoveu hoje, uma reunião com representantes de colaboradores da companhia com o intuito de anunciar um plano que prevê o corte de 2,9 mil postos de trabalho até o ano de 2017, além do encerramento de cinco conexões de longa distância, venda de 14 aeronaves e reestruturação de algumas

PANROTAS / Emerson Souza
O vice-presidente de Recursos Humanos, Xavier Broseta, teve a camisa rasgada pelos invasores durante a reunião (foto: Air France)
O vice-presidente de Recursos Humanos, Xavier Broseta, teve a camisa rasgada pelos invasores durante a reunião (foto: Air France)
A Air France promoveu hoje uma reunião com representantes de colaboradores da companhia com o intuito de anunciar um plano que prevê o corte de 2,9 mil postos de trabalho até 2017, além do encerramento de cinco conexões de longa distância, venda de 14 aeronaves e reestruturação de algumas rotas.

Todas as medidas foram elaboradas a fim de fazer frente à crescente concorrência de companhias de baixo custo em voos de curta e média distâncias e das aéreas do Golfo, em voos de longo percurso. Na última quinta (1), a companhia deu sinais de que tomaria como solução para o enfrentamento deste cenário todas as medidas já citadas depois que os pilotos se uniram e recusaram uma proposta de aumento das horas de voo sem alteração nos salários.

No meio da apresentação do plano de reestruturação, um grupo de funcionários conseguiu romper a barreira de segurança e agredir membros da direção que participavam do evento. Ao sinal de tumulto, o presidente da Air France, Fréderic Gagey conseguiu evadir-se, momento em que os invasores cercaram o diretor de Recursos Humanos Xavier Broseta e rasgaram sua camisa.

Segundo informações do sindicato, as medidas da companhia significam a demissão nos próximos dois anos de 300 pilotos, 700 aeromoças e 1,9 mil membros das equipes em terra, o que soma no total, 4,5% dos 64 mil colaboradores. A Air France considera metade de suas rotas de longa distância deficitárias e alega que “precisa melhorar a produtividade do elenco em 17% para poder voltar a ser competitiva”.

O governo francês que detém 17,6% das ações da companhia, quer a retomada das negociações e apela aos pilotos que façam concessões.

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