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Artur Luiz Andrade   |   30/07/2015 15:19

Lufthansa mantém início da DCC para 1º de setembro

Não tem volta. De acordo com o CCO e membro da presidência da Lufthansa, Jens Bischof, em visita ao Brasil, o grupo começará mesmo a cobrar, em 1º de setembro, 16 euros para reservas via GDSs, implantando a chamada DCC – Distribution Cost Charge.

PANROTAS / Emerson Souza
Jens Bischof, CCO da Lufthansa: "custo dos GDSs é ridículo"
Jens Bischof, CCO da Lufthansa: "custo dos GDSs é ridículo"
Não tem volta. De acordo com o CCO e membro da presidência da Lufthansa, Jens Bischof, em visita ao Brasil, o grupo começará mesmo a cobrar, em 1º de setembro, 16 euros para reservas via GDSs, implantando a chamada DCC – Distribution Cost Charge.

“Não queremos que o consumidor pague mais com a DCC e sim queremos nos livrar do custo enorme dos GDSs. No ano passado o Grupo Lufthansa pagou mais de 500 milhões de euros aos sistemas de distribuição. Mas não estamos nem um pouco felizes e satisfeitos com a forma que os GDSs expõem nossos produtos. Somos uma companhia com foco em qualidade e nos posicionamos como empresa premium, temos de mostrar isso aos consumidores, como os hotéis fazem”, explicou o CCO da Lufthansa.

Segundo ele, os GDSs estão forçando que as aéreas ofereçam a mesma tarifa a todos os centros de distribuição e isso “é ridículo”. “Não posso garantir menor preço nem no site da Lufthansa. Temos de poder distinguir canais”.

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“A tecnologia facilita mudanças, estamos liderando esse movimento. Ouvimos várias críticas a nossa decisão, também obtivemos apoio, e estamos sentando e conversando com todos os segmentos, pois queremos criar alternativas para que eles evitem a DCC. Não é uma imposição, não é para todos, apenas para venda via GDS”, continuou. No Brasil, a diretora Annette Taeuber já se reuniu com Abav, Air Tkt e Abracorp, exatamente para achar essas alternativas de a DCC não ser cobrada.

“Estamos forçando a inovação. No ano passado gastamos 18 euros em média por bilhete com os GDSs. No site da Lufthansa o custo é de dois euros. A Lufthansa fica com oito euros por passagem. É muita diferença (em favor dos GDSs)”, acrescenta Bischof.

O líder de Vendas, Marketing e Produtos da Lufthansa disse ainda estar renegociando os contratos de full content com os três GDSs, para achar alternativas compatíveis com o novo modelo de distribuição do grupo, que inclui o lançamento de branded fares nos voos da Europa (tarifas em que se paga por serviço, como nas low cost, mas com amenidades de uma empresa premium, como comida grátis, milhas no programa de fidelidade e disponibilidade até o último assento da aeronave. “Espero ter notícias em breve sobre essas negociações”. Esta semana, a Lufthansa já anunciou acordo para usar o produto da Travelport Rich Content and Branding.

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