Fabíola Bemfeito   |   06/10/2013 23:26

World Routes: aéreas precisam melhorar sua imagem

LAS VEGAS – Um dos grandes desafios da aviação é encontrar uma forma de se comunicar melhor com o público. Essa foi uma das constatações do primeiro painel da Strategy Summit, conferência que acontece dentro da 19ª edição do World Routes, evento que se realiza em Las Vegas

LAS VEGAS – Um dos grandes desafios da aviação é encontrar uma forma de se comunicar melhor com o público. Essa foi uma das constatações do primeiro painel da Strategy Summit, conferência que acontece dentro da 19ª edição do World Routes, evento que se realiza em Las Vegas, a fim de discutir os rumos e as oportunidades da aviação mundial. O painel teve como tema “O estado da indústria – onde estamos agora?” e contou com a participação de quatro palestrantes: Vitaly Saveliev, da Aeroflot; Jim Marriott, da Organização Internaconal de Aviação Civil (Icao); Thomas Windmuller, da Iata; e Angela Gittens, do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI World).

Ao abrir o painel, o chefe de Segurança de Aviação do Icao, Jim Marriott, afirmou que é tempo de otimismo na aviação, pois nunca houve um diálogo melhor entre as empresas aéreas. Foi aí que o moderador Aaron Heslehurst, da BBC News, questionou: “então por que a imagem das empresas aéreas não vive um momento favorável?”. O debate que se seguiu foi intenso. Para o CEO da Aeroflot, muito progresso foi feito na indústria, uma das pioneiras, por exemplo, em ações de sustentabilidade. “Temos padrões fantásticos de segurança. Somos um grande setor, mas não temos feito um bom trabalho em dizer isso. Somos parte do problema e parte da solução”, afirmou.

“Na Europa, a aviação é vista como um mal necessário. Ao contrário de outras locações do mundo, como o Golfo Pérsico, por exemplo, em que entendem o setor como estratégico para a economia. E isso interfere na percepção que a população tem sobre nossa indústria”, afirmou Windmuller, da Iata. “Infelizmente, as pessoas têm uma visão de que os aviões e os aeroportos são lugares cada vez mais difíceis”, afirmou Angela Gittens, da ACI World. Andrew H. Land, do aeroporto de Schipol, em Amsterdam (Holanda), questionou por que não é mais glamouroso voar. “A viagem não é mais divertida, as pessoas querem chegar, mas não se conectam com o durante”, disse o executivo holandês.

Outro tema debatido no primeiro painel do World Routes foram as receitas extras das empresas aéreas, as chamadas ancillaries. “A grande oportunidade das ancillaries é que as pessoas consumam coisas que antes não consumiam ou não achavam que precisavam. Temos várias horas de uma audiência cativa”, disse Windmuller, da Iata. “A palavra-chave para ampliar as ancillaries é a disponibilidade do viajante”, disse Angela Gittens. Única empresa aérea participante do painel, a Aeroflot disse que as ancillaries, porém, ainda não representam 5% da receita da companhia.


*Fonte: O Portal PANROTAS viaja a convite da Las Vegas Convention and Visitors Authority e do complexo The Venetian/The Palazzo, voando American Airlines, com assistência GTA

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