Fernanda Cordeiro   |   17/11/2016 10:17

Cidades do litoral de São Paulo não pagam e lixo acumula

As cidades de Cubatão, Peruíbe e São Vicente, entre outras estão sem coleta de lixo desde o começo de novembro, porque as prefeituras estão com dívidas com empresas responsáveis pelo serviço. Ao todo, o débito dos municípi


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As cidades de Cubatão, Peruíbe e São Vicente, no litoral paulista, estão sem coleta de lixo desde o começo de novembro, por conta de uma dívida das prefeituras com empresas responsáveis pelo serviço. Ao todo, o débito dos municípios ultrapassa R$ 116 milhões. O resultado, claro, é um só: praias e ruas sujas.

Em São Vicente, a dívida com a empresa Terracom é de R$ 9 milhões e ainda não há acordo oficial entre as duas partes. O serviço foi suspenso em 10 de novembro e também não há previsão de volta.

Já em Cubatão, a coleta está suspensa desde o dia 11 e há dezenas de sacos de lixo espalhados na principal avenida da cidade, a Nove de Abril. Voluntários de uma empresa privada recolheram parte dos resíduos na manhã desta terça-feira (15). A cidade deve R$ 16 milhões à Terracom e firmou um acordo com a empresa para o pagamento, entretanto, o serviço foi suspenso por parcelas que ainda não foram pagas.

Em Peruíbe, a coleta foi paralisada no último final de semana e a empresa Litucera também alegou falta de pagamento. Sacos de lixo encheram caçambas e calçadas. Moradores, comerciantes e turistas reclamam do mau cheiro. Na tarde desta quarta-feira (16), a prefeitura da cidade disse ter chegado a uma acordo para a retomada imediata do serviço e que os pagamentos atrasados serão efetuados.

No Guarujá, a coleta chegou a ser interrompida na semana passada, mas foi retomado após decisão da justiça, que obrigou a empresa a voltar a realizar o serviço diariamente na cidade. Apesar disso, o município deve mais de R$ 21 milhões à Terracom.

A prefeitura de Santos possui uma dívida de R$ 70 milhões com à Terracom. Uma negociação está em andamento para que a dívida possa ser paga em parcelas. Por isso, o serviço não foi interrompido na cidade.


*Fonte: Exame e O Estado de S. Paulo

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