Janize Colaço   |   02/12/2016 20:03

Princess é multada em US$ 40 mi por crime ambiental

A Princess Cruises, da Carnival Corporation, irá se declarar culpada das sete acusações criminais de poluir os mares e por tentar encobrir o fato, aceitando uma multa de US$ 40 milhões, segundo informa o departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Divulgação

A Princess Cruises, da Carnival Corporation, irá se declarar culpada das sete acusações criminais de poluir os mares e por tentar encobrir o fato, aceitando uma multa de US$ 40 milhões, segundo informa o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

O departamento acusa a unidade de Princess da Califórnia de “despejo ilegal de resíduos de óleo contaminado, oriundo do navio de cruzeiro Caribbean Princess”. Ainda segundo ele, houve a intenção deliberada da companhia de tentar encobrir o crime.

Após o anúncio, as ações da Carnival, maior companhia marítima do mundo, caíram mais de 2% no New York Stock Exchange.

Em um comunicado, a Princess Cruises afirma estar decepcionada com as ações que, segundo ela, teriam sido efetuadas por funcionários sem o seu conhecimento. "Estamos extremamente decepcionados com as ações imperdoáveis de nossos funcionários que violaram nossas políticas e legislação ambiental quando ultrapassado o nosso sistema de tratamento de água de esgoto e descarregada água de esgoto não tratado no oceano", afirmou.

A linha marítima ainda argumentou ter implementado medidas para melhorar a supervisão e responsabilidade, além de investir em treinamento e atualização de equipamentos para garantir a conformidade com as regulamentações ambientais.

HISTÓRICO
O Caribbean Princess está sendo acusado de fazer descargas ilegais de resíduos desde 2005, utilizando um equipamento de circulação – conhecido como “tubo mágico” – que contorna equipamentos de prevenção de poluição e separa e monitora os níveis de óleo extraídos pelo navio, segundo informa o departamento.

De acordo com os investigadores, a empresa começou a ser investigada após um engenheiro ter relatado o despejo ilegal de resíduos ao longo da costa de England, em agosto de 2013. Segundo ele, dois outros engenheiros teriam tentado encobrir a ação.

“A companhia é bastante respeitada no mercado e poderia ter feito fiscalizações melhores”, afirmou o procurador-geral do departamento, John Cruden, em comunicado. "Esperemos que o resultado deste caso tenha potencial, não apenas para traçar um novo rumo para a empresa, mas que sirva de exemplo para as demais."


*Fonte: Skift

conteúdo original: http://bit.ly/2h2VP7q

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