Rodrigo Vieira   |   28/11/2017 11:52

Brasil terá 15% mais cruzeiristas na temporada; veja dados

Os sete navios que atracarão no País no próximo ano devem embarcar 439,7 mil pessoas, em 124 roteiros.


Leonardo Ramos
MSC Preziosa. Companhia europeia trará três navios ao Brasil nesta temporada
MSC Preziosa. Companhia europeia trará três navios ao Brasil nesta temporada
O Brasil terá um movimento 15% maior de cruzeiristas este ano na comparação com a temporada anterior. Os sete navios que atracarão no País no próximo ano devem embarcar 439,7 mil pessoas, em 124 roteiros. Com uma operação maior e mais tempo na costa, os cruzeiros terão oferta de 440 mil leitos.

Ainda que o número seja positivo para o setor, a situação ainda está longe do ideal tendo em vista o potencial do Brasil em comparação a países estrangeiros nos quais os cruzeiros representam forte atividade econômica. Há uma necessidade urgente de desburocratização e mais investimentos no segmento, como ressalta o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz.

“Temos potencial diferenciado neste segmento, mas é preciso ajustes. O período de liberação para a construção de um porto ou marina no Brasil é de 12 anos, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, é de três meses. Precisamos reduzir a burocracia para melhorar a infraestrutura e assim competir de forma mais efetiva com outros países na atração de mais embarcações e mais turistas para o Brasil”, defende.

Na temporada 2015/2016, o setor foi responsável pela injeção de R$ 1,911 bilhão na economia do País.

Os navios de passagem, cruzeiros que fazem a volta ao mundo em até 120 dias, são opções viáveis para atrair mais turistas internacionais para o Brasil. Em 2016, 30 destes navios somaram 247 diárias atracados em algum porto brasileiro.

No geral, o número de navios no Brasil caiu de 20, em 2011, para sete na última temporada. O presidente da Clia Abremar, Marco Ferraz, explica que a retração se deve principalmente a gargalos em questões como infraestrutura, impostos e regulações e que, caso o cenário fosse o mesmo de oito anos atrás, o setor geraria cerca de 46 mil empregos num curto espaço de tempo. “Como esperamos cerca de 400 mil passageiros na temporada 2017/2018, se tivéssemos 20 navios, esse número ultrapassaria mais de um milhão”, aponta.

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