Em Roma, já é possível se hospedar em um palácio

Construído em meados do século 17, o Palácio Chigi-Odescalchi já pertenceu a uma das mais tradicionais famílias da região do Lácio (que inclui a capital Roma), foi residência do cardeal Flavio Chigi e passou por uma extrema reforma pelas mãos do famoso arquiteto Bernini - o mesmo que esculpiu algumas estátuas do Vaticano. Hoje, o local poderia muito bem ser um clássico museu italiano e receber milhares de visitantes. A realidade, porém, é ainda mais atrativa aos turistas, que podem se hospedar para uma estada digna da realeza.

Da entrada do Palácio à cabeceira da cama, tudo parece te levar a uma viagem de volta no tempo. Tapeçaria flamenca, vasos da antiga Grécia e até uma pintura de uma das estrelas romanas, Bernardo Strozzi. Os amantes de arte com certeza se reuniriam para prestigiar cada detalhe da construção, mas é o privilégio de 'ser dono' do espaço que torna a experiência única ao hóspede.

As amenidades também são, no mínimo, excêntricas. Sais de banho Ortigia, sabonetes Santa Maria Novella e perfume Carthusia são apenas um exemplo do que o visitante pode utilizar para sentir-se parte de todo o ambiente classicista dos italianos na época em que o local foi construído.

A região que situa o Palácio também faz jus a toda a grandeza da construção. A cerca de 500 metros fica localizado o que os romanos chamaram por muito tempo de Umbilicus Mundi, o Centro do Mundo. Durante os anos de Império Romano, o local era visto como marco zero do planeta, de onde foram medidas todas as distâncias.

O histórico de moradores é outro ponto alto da experiência de estada no Odescalchi. Não bastasse ser fruto da fortuna da família Colonna, o palácio ainda abrigou o cardeal Chigi, nada menos que o sobrinho do 237º papa, Alexandre VII. O papa foi justamente o elo de ligação do arquiteto Bernini, responsável por restaurar a estrutura do local e dar um ar barroco antes mesmo de o arquiteto ganhar fama.