Antonio R. Rocha   |   16/02/2018 18:29

Entrevista: como Pipa (RN) chegou à categoria A do MTur

Destino é apenas o segundo do Estado a conseguir se estabelecer no nível máximo de avaliação do Ministério do Turismo

Panoramio/Mauro Soares
Praia da Pipa é apenas o segundo destino a alcançar a classificação máxima do MTur no Rio Grande do Norte
Praia da Pipa é apenas o segundo destino a alcançar a classificação máxima do MTur no Rio Grande do Norte
A última avaliação do Ministério do Turismo mostrou a Praia da Pipa, na cidade de Tibau do Sul (RN), como a segunda do Estado a alcançar a categoria A entre os destinos turísticos do Brasil. Antes, apenas Natal havia conseguido esse status. Diante disso, o Portal PANROTAS conversou com a secretária de Turismo do município potiguar, Beth Bauschwitz, sobre como o destino chegou a essa conquista e as principais características do mercado em que se encontra. Confira abaixo.

Antonio R. Rocha
Beth Bauschwitz com a secretária de Turismo de Guamaré (RN), Mauricéia Cavalcante: mulheres predominam nas secretarias de Turismo do RN
Beth Bauschwitz com a secretária de Turismo de Guamaré (RN), Mauricéia Cavalcante: mulheres predominam nas secretarias de Turismo do RN
Portal PANROTAS: Qual foi a estratégia de Pipa-Tibau do Sul para chegar à categoria A entre os destinos turísticos nacionais na avaliação do MTur?

BETH BAUSCHWITZ: O ano passado foi um ano de renovação do mapa turístico brasileiro. Participamos de oficinas na Setur-RN para "defendermos" a permanência de cada município que estivesse interessado em continuar no mapa. Acredito que este relatório e a análise que o Ministério do Turismo faz com as quatro variáveis de desempenho econômico - número de empregos, de estabelecimentos formais no setor de hospedagem, estimativas de fluxo de turistas domésticos e internacionais - nos levaram não só à permanecia no mapa mas na elevação da categoria ao topo do Turismo.

Tibau do Sul-Pipa tem no turismo sua principal fonte econômica. Neste primeiro ano de gestão, temos investido na divulgação e marketing do destino, participando das principais feiras nacionais e internacionais e buscando novos destinos emissores, como Bogotá e Lima.

Uma parceria com o setor privado, no caso com a Associação dos Hoteleiros de Pipa, a Asthep, gerou uma sinergia que tem dado certo. O setor público sozinho não consegue ser tão eficaz. Quando anda junto ao setor privado, é sempre melhor. Este tem sido o grande diferencial na gestão e tem gerado frutos mais rápido do que o esperado.

PP: Quantos meios de hospedagem e quantos leitos o município tem atualmente? Quantos estão em Tibau do Sul e quantos na Pipa?

BETH: Temos trabalhado Tibau do Sul como destino. Pipa é a praia mais conhecida do município, com fama internacional. Ao fazer o levantamento de meios de hospedagem e leitos não fazemos esta distinção. Vale ressaltar que hotéis e pousadas têm se instalado em Tibau do Sul com infraestrutura fantástica e produtos diferenciados.

Claro que de 80% a 90% estão situados na Praia da Pipa, mas Tibau do Sul tem recebido uma maior atenção e investimentos. Nosso ultimo inventário nos confirma 92 meios de hospedagem e 6.000 leitos. Um número de leitos a se considerar, se levarmos em conta que o município tem 13 mil habitantes.

PP:
Pela ordem, quais os principais mercados emissores nacionais? E do Exterior?

BETH:No mercado nacional, assim como Natal, o maior mercado emissor é São Paulo, capital e interior. Porém recebemos muitos mineiros e sulistas. Mas o mercado regional é o grande frequentador da nossa praia: Paraíba, Pernambuco e Ceará. No mercado internacional, é totalmente perceptível o turista argentino. Mas continuamos recebendo portugueses e outros europeus, porém em menor número.

Gostaria de destacar o crescimento na procura pelos uruguaios, paraguaios e chilenos, fruto de ações da Emprotur e ABIH-RN, com a participação de nosso município.

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