Fabíola Bemfeito   |   07/07/2011 11:28

“A maior preocupação é com 2017”, diz VP da MPI

O CEO da MPI (Meeting Professional International), Didier Scaillet, que esteve no Brasil até ontem para uma rápida visita de pouco menos de três dias, quando anunciou planos com a Universidade Anhembi Morumbi, contou que a grande preocupação do Brasil no que diz respeito aos grandes eventos que o Pa

O VP Executivo de Desenvolvimento da MPI & MPI Foundation, Didier Scaillet (foto), que esteve no Brasil até ontem para uma rápida visita de pouco menos de três dias, quando anunciou planos com a Universidade Anhembi Morumbi, contou que a grande preocupação do Brasil no que diz respeito aos grandes eventos que o País sediará em 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíada do Rio) deve ser com 2017.

“Eu não tenho dúvidas de que os eventos serão um sucesso. A Fifa e o COI são muito exigentes e, ao mesmo tempo, o governo brasileiro está super comprometido. Além disso, o País já comprovou sua capacidade de realizar grandes eventos”, afirmou Scaillet. No entanto, segundo ele, em quase todas as ocasiões em que acontecem a Copa e a Olimpíada, já se vivenciou situações em que há preocupações com atrasos e cronogramas. “Vejam o exemplo da África do Sul. Mas os eventos acontecem e bem”, lembra.

Ele ressalta que a maior preocupação do Brasil deve ser para após os eventos, garantindo que sua infraestrutura não esteja super dimensionada e não haja desequilíbrios de mão de obra e equipamentos. “Vejam Beijing. Apesar do boom que vive a economia chinesa, a capital do país amarga taxas de ocupação hoteleira em torno de 25% ao mês. Eles se preocuparam sobremaneira com o evento e fizeram um grande espetáculo, mas não houve estratégia para depois”, contou o dirigente.

“O que esperamos para o Brasil é que o Rio de Janeiro tire proveito de 2016 da mesma forma que Barcelona, na Espanha, fez em 1992. A cidade não apenas se transformou do ponto de vista do desenvolvimento urbano, mas mostrou uma nova cara ao mundo e, desde então, tornou-se referência para grandes eventos, turismo e negócios no mundo inteiro”, concluiu o dirigente, que esteve acompanhado, durante a visita, pela presidente do Capítulo Brasileiro da MPI, Elizabeth Wada, da Universidade Anhembi Morumbi.

"Existe vida inteligente após os megaeventos", completou Beth. Ela lembra que a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 serão alavancadores para o País e estimularão ainda mais o posicionamento do Brasil globalmente. "No entanto, não se pode achar que tudo que acontece ou que se pense em termos de eventos por aqui esteja relacionado a esses dois mega acontecimentos", afirmou logo depois de anunciar o primeiro canal de certificação CMP no Brasil, via MPI, a partir de 2012.

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